Política

Jacob e Júlio Brandão são ameaçados de morte dentro de presídio

Ex-prefeito e ex-vereador de Mata Grande estão com medo de serem assassinados

Por 7Segundos 28/12/2018 11h11
Jacob e Júlio Brandão são ameaçados de morte dentro de presídio
Júlio Brandão e Jacob Brandão - Foto: Radar 89

O ex-prefeito de Mata Grande, Jacob Brandão, e o irmão dele, Júlio Brandão, que estão presos no Cyridião Durval, em Maceió, sob a acusação de desvio de recursos na prefeitura sertaneja, foram ameaçados de morte por outro detento, que já responde por outros crimes de homicídio.
Segundo o advogado dos irmãos, Leonardo Morais, o presidiário conhecido como "Bira", teria gritado ameaças de morte contra Jacob e Júlio Brandão na noite do dia 24. Na manhã seguinte, Jacob teria tentado conversar com o detento e voltou a ser intimidado.
"Ele disse que iria matar os dois e que já havia matado mais de 30 e que ele seria apenas mais um. Perto do banheiro do módulo tem umas pedras soltas e esse detento disse ainda que pegaria uma pedra daquelas para esmagar a cabeça deles", relatou o advogado.
Morais afirmou que o motivo das ameaças é desconhecido e que os agentes penitenciários, ao saberem do ocorrido, imediatamente retiraram o autor do módulo. "Esse detento é uma pessoa perigosa, responde por vários homicídios, inclusive um deles ocorrido dentro do próprio presídio. Claro que eles ficaram com medo das ameaças serem concretizadas, principalmente porque são figuras conhecidas e o caso deles teve grande repercussão na imprensa", afirmou.
Segundo o advogado, a família de Jacob e Júlio Brandão só ficou sabendo das ameaças ontem (27) e já tomaram várias providências. Além de noticiar o fato à direção do presídio e a Secretaria de Ressocialização, Leonardo Morais encaminhou requerimento solicitando a transferência definitiva de "Bira" para outro módulo ou outra unidade prisional. 
Jacob Brandão e Júlio Brandão, que chegou a chefiar a Câmara de Vereadores de Mata Grande, são acusados de desviar mais de R$ 12 milhões dos cofres do município, em um esquema que envolveria a contratação fictícia de serviços de locação de veículos e a subcontratação de parentes e correligionários para prestar os serviços.
Os dois tiveram as prisões deflagradas durante a Operação Ánomos, deflagrada pelo Ministério Público Estadual e Polícia Civil em abril deste ano, mas não foram encontrados durante o cumprimento dos mandados. Jacob Brandão se apresentou voluntariamente no mês de agosto e Júlio Brandão, em setembro.