'Não embarcaremos numa intervenção militar', diz Bolsonaro sobre Venezuela
Afirmação foi feita por Bolsonaro ao jornal americano "The Washington Post"

"Nós não vamos embarcar o Brasil numa intervenção militar". De forma categórica, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) negou qualquer possibilidade de enviar tropas brasileiras para a Venezuela, em entrevista publicada nesta quinta-feira (24) no jornal americano "The Washington Post".
"Nós não temos um histórico de recorrer a intervenções militares para resolver problemas", respondeu Bolsonaro, em entrevista concedida à jornalista Lally Weymouth na última quarta (23), horas antes de o Brasil reconhecer o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como o presidente interino da Venezuela.
A declaração está em linha com o que havia dito o presidente em exercício, Hamilton Mourão (PRTB), ao UOL ontem. Segundo o general, não há chances de o país participar de uma eventual intervenção na Venezuela.
No jornal norte-americano, a reportagem questionou Bolsonaro sobre o regime do presidente Nicolás Maduro. "Novo presidente populista do Brasil sobre mulheres, Venezuela e o seu amor por Trump" é o título do texto.
"O atual regime venezuelano tem que ser mudado", declarou. "Você, é claro, tem que tirar Maduro do poder", disse Bolsonaro, acrescentando que ele tem 70 mil cubanos ao seu lado. "Então não será fácil tirá-lo do cargo", completou Bolsonaro.
Indagado se uma mudança no país vizinho seria uma boa ideia e o que o Brasil pode fazer para que isso aconteça, o presidente disse que sempre foi contra o regime de Maduro, "especialmente considerando que a Venezuela tinha laços muito próximos com as administrações dos [ex-presidentes brasileiros] Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, assim como com Cuba".
Lembrado de que a Venezuela é uma "tragédia humanitária", Bolsonaro disse o Brasil acolheu e acomodou refugiados oriundos do país vizinho, que realocados por todo o Brasil e auxiliados na "transição".
"Nós praticamente já alcançamos nosso limite e sinalizamos claramente para a ditadura de Maduro que o Brasil deseja ver mudanças no atual regime da Venezuela", declarou.
Questionado se acha que isso fez diferença para o líder venezuelano, Bolsonaro disse acreditar que sim. "Nosso serviço de inteligência indicou que há um nível substancial de insatisfação entre os militares na Venezuela. O ex-presidente [Hugo] Chávez, no passado, cooptou o exército. Mas as Forças Armadas enviaram sinais de que não são tão coesas quanto no passado", afirmou.
Primeiro país a reconhecer Guaidó, os Estados Unidos advertiram que "todas as opções" serão analisadas se o governo de Nicolás Maduro usar a força contra a oposição na Venezuela.
Veja também
Últimas notícias

Homem dorme nos trilhos do VLT e é salvo por pouco em Maceió

Major da PM invade casa da ex-companheira, faz reféns e ameaça matá-la em Maceió

Homem é morto a tiros dentro de carro em Taquarana

Jovem de 27 anos é assassinado a tiros em Lagoa da Canoa

Carro explode durante abastecimento em posto de gasolina no Centro do Rio de Janeiro

Com único voto contrário, de Cabo Bebeto, Assembleia aprova aumento das custas judiciais em AL
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
