Pesquisadores criam sensor para diagnóstico de zika com gota de urina e resultado na hora em Campinas
Placa de circuito usada em equipamentos eletrônicos foi modificada nos laboratórios do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer para isolar proteína do vírus da zika.

Diagnóstico rápido e preciso, sem chance de um "falso positivo", para o vírus da zika. Esse é o resultado de uma pesquisa do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, em Campinas (SP). Um sensor é capaz de atestar a doença a partir de uma gota de urina.
Pesquisadores modificaram, em laboratório, uma placa de circuito usada normalmente em equipamentos eletrônicos. Criaram nanoestruturas para isolar a proteína NS1, liberada no corpo humano pelo vírus da zika. Com a amostra do paciente, o teste é feito e a presença da proteína fica visível em gráficos.
"Na maior parte dos testes hoje que existem, que seriam feitos com a proteína NS1 do zika, devido à similaridade com a proteína da dengue, podem dar falsos positivos e falsos negativos, o que dificultaria exatamente a prescrição médica do paciente. [...] Conseguimos identificar apenas zika", afirma Talita Mazon, pesquisadora do CTI.
A imprecisão de alguns exames já existentes dificulta o diagnóstico do paciente. Com o sensor, a proteína NS1 já pode ser identificada desde primeiro dia da doença, o que é um diferencial, até o oitavo dia, quando termina o ciclo do vírus. "O nosso já foi testado em urina humana e pega pequenas alterações de sinais elétricos a nível de ligação química anticorpo-antígeno", conta Talita Mazon.
Resultado na hora
Assim que a urina é colocada em contato com o equipamento, o resultado já aparece na tela de um computador ou em um equipamento portátil, como a tela de um telefone celular. A tecnologia é de baixo custo e pode ser facilmente aplicada no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo os especialistas. A implantação do sistema num equipamento portátil de hospital, por exemplo, pode ser feita por R$ 450. "Poderia ser utilizada também em postos de saúde, sem a necessidade de equipamentos que precisam de pessoas especializadas para operarem. Então, sem a necessidade de equipamentos caros", explica a pesquisadora Talita Mazon.
Reconhecimento internacional
Duas publicações científicas internacionais, uma delas do grupo Nature (Scientific Reports), aceitaram a metodologia da pesquisa. A mesma tecnologia também permite o diagnóstico preciso de inúmeras doenças. "Agora nosso plano é desenvolver um sensor para dengue e para chikungunya. A gente conseguiu ter um avanço", explica a pesquisadora Aline Macedo.
Veja também
Últimas notícias

Ex-reeducando é morto a tiros em loteamento de Arapiraca

Polícia Militar frustra ação criminosa e apreende armas e drogas em Porto Real do Colégio

Criança de 2 anos morre por meningite em Maceió; Alagoas registra 8ª morte pela doença em 2025

Alfredo Gaspar é confirmado como membro titular da Comissão Especial da PEC da Segurança Pública

Relatório dos EUA cita morte pela PM de SP em crítica ao Brasil

Em Arapiraca, ação da Sefaz retém mercadorias avaliadas em mais de R$ 1 milhão em show privado
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
