Superlotação no Hospital Regional preocupa profissionais e prejudica pacientes
Unidade que é referência em emergência clínica chega a fazer 13 mil atendimentos por mês
                            O Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho, em Arapiraca, está em primeiro lugar em cirurgias de face no Brasil, é destaque estadual em redução de mortes por infarto do miocárdio, além de referência no programa Método Canguru em Alagoas. Apesar dessas conquistas importantes, o Hospital Regional sofre com a superlotação de pacientes, por ser o principal acesso de saúde pra urgência e emergência clínica, cirúrgica e obstétrica na região.
O Portal 7 Segundos esteve no Hospital Regional e conversou com a enfermeira Andreia Costa, gerente assistencial da Unidade. Segundo dados apresentados por ela, somente pelo SUS são registrados cerca de 11 mil atendimentos/mês. Somando-se aos convênios, o número chega a 13 mil atendimentos/mês.
Andreia Costa afirmou que o número de atendimentos vem aumentando consideravelmente. E a superlotação causa a demora no atendimento. Lembrou, inclusive, que boa parte das pessoas atendidas poderiam ter sido medicadas na atenção básica. ”Os municípios, não sei, talvez pela falta de profissionais na atenção básica, deslocam esses pacientes em ambulâncias para serem atendidos aqui, muitas vezes casos leves,” explicou.
Carência de leitos
Em virtude do grande número de pessoas que procuram o Hospital, vêm a carência de leitos. “A gente fica com pacientes aqui nos corredores mais de quatro dias, esperando por uma vaga,” destacou.
Ainda de acordo com Andreia Costa, em Arapiraca, o 5º Centro de Saúde vem dando um suporte nos casos considerados mais leves, inclusive para os pacientes que estão nas chamadas áreas descobertas das Unidades Básicas. “Agora, os outros municípios, a gente perde realmente o controle,” sentenciou.
Necessidade de uma UPA
Indagada sobre a necessidade de uma Unidade de Pronto Atendimento em Arapiraca, Andreia foi taxativa. ”Na verdade, a UPA, eu acredito que isso já poderia ter avançado. Porque fica mais que claro que a situação, em relação a estrutura física, aos profissionais, tem hora que fica humanamente impossível. A gente sabe que pra prestar assistência para essa quantidade de pessoas, a qualidade acaba que caindo um pouco, mesmo trabalhando na segurança.”
E completou: “A UPA em Arapiraca é indispensável. O município precisa se organizar quanto a isso. Para uma outra porta”.
Repasses
De acordo com Andreia Costa os repasses financeiros do Estado e do Município estão acontecendo regularmente. Enfatizou que o problema não tem sido atraso de repasse, mas o grande número de atendimentos, que acaba comprometendo o Orçamento disponível.
Ela explicou ainda que a compra de medicamentos e todo o material necessário, é feito pelo próprio Hospital.
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