?‘Adoções Possíveis’ dá esperanças a crianças e adolescentes que aguardam família
Campanha teve início em maio deste ano; juíza Fátima Pirauá destaca que a iniciativa já tem surtido efeitos para crianças e adolescentes

A Casa de Acolhimento do Vale do Paraíba, em Cajueiro, zona da mata de Alagoas, abriga dez menores que aguardam serem adotados e destinados a seus novos lares. Uma delas é Maria*, de 16 anos, que sonha receber “amor, carinho, atenção, segurança, compreensão” de uma família. “Porque você que não [ter] amor de uma mãe nem de uma família e [ter sido] abandonada, entristece você”, contou.
De acordo com Luciano Oliveira, diretor do abrigo, a violência é um dos principais motivos que leva as crianças ao local. “A gente percebe aqui que geralmente tem a violência que é causada dentro da própria família, onde muitas vezes é o padastro, o pai, às vezes a mãe, que abandona. Abuso sexual, geralmente, é um caso que se repete muito”, explicou.
Na Casa, as vítimas passam por tratamento psicológico através de terapia. Segundo a psicóloga do abrigo, Carla Passos, o processo traz benefícios para os menores. “No período de conhecimento, de atendimento, a gente vai começando a transformá-las novamente em crianças. Hoje as crianças já brincam, já se divertem, elas voltaram a ser crianças e sempre dizem assim: ‘quando é que a gente vai ter uma família? Quando é que alguém vai olhar por nós?’.
Adoções Possíveis
A canpanha "Adoções Possíveis", do Tribunal de Justiça de Alagoas, tem chamado atenção para a situação destas crianças e adolescentes que sonham com uma nova família. Desenvolvida pela Coordenadoria Estadual da Infância e Juventude (Ceij) e a Diretoria de Comunicação do TJAL, a iniciativa tem como objetivo incentivar adoções tardias.
Iniciado em maio deste ano, o projeto já apresenta bons resultados. Segundo Fátima Pirauá, juíza coordenadora da Ceij, cinco dos nove menores apresentados nos vídeos da campanha, publicados nas redes sociais e no site do TJAL, já receberam novas possibilidades de futuro. Duas retornaram ao núcleo familiar biológico, duas foram encaminhadas para guarda provisória e uma está em fase de aproximação com os possíveis adotantes.
A magistrada falou sobre um desses casos. “Uma situação muito emocionante para todos nós: um casal, que estava habilitado para adotar, viu esse vídeo através de um grupo de adoção fora do estado de Alagoas e fizemos os contatos, a pessoa fez os contatos conosco e acabou indo já com esse adolescente sob guarda provisória para iniciar o estágio de convivência, para ver se dá certo e essa adoção é concretizada. Então assim, essa ferramenta realmente está surtindo efeito”, pontuou.
*Nome fictício.
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