'Todo mundo gostava dela', diz mãe de jovem encontrada morta em altar de igreja no DF
Valdete Marciel disse que filha chegou em casa 'inquieta e com roupas sujas' na noite anterior ao crime
Após enterrar a filha nesta terça-feira (7), a diarista Valdete Francisco Marciel, de 38 anos, disse que Larissa Francisco Maciel, de 23 anos, chegou em casa "inquieta e com as roupas sujas" na noite de domingo (5), horas antes de ser encontrada morta.
"Ela ficava andando para lá e para cá. Trocou de roupa e saiu. Depois disso, não vi mais minha filha."
O corpo da jovem foi encontrado no altar de uma igreja evangélica na última segunda (6) na Candangolândia, região administrativa do Distrito Federal.
Larissa estava nua e tinha marcas de queimaduras pelo corpo, incluindo na região íntima. Ela também apresentava sinais de estrangulamento, segundo a Polícia Civil.
O crime está sendo investigado como feminicídio pela 11ª Delegacia de Polícia, no Núcleo Bandeirante. Se confirmado, será o primeiro caso do tipo em 2020.
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Ao G1, Valdete Marciel disse que a filha era doce, meiga e engraçada. Segundo a mãe, a jovem trabalhava como diarista, assim como ela, e era bastante conhecida na região.
"Todo mundo gostava dela. Ela não merecia, quem fez isso é um monstro."
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A igreja
O corpo de Larissa Francisco Maciel foi encontrado dentro da Igreja Evangélica Tenda da Libertação, que fica na entrequadra QR 2/4. O local é aberto e protegido apenas por um toldo. À reportagem, Valdete disse que moradores da região reclamam do espaço.
"As pessoas entram e fazem o que querem dentro dessa tenda. Mas eles falam que é uma igreja."
O G1 procurou os responsáveis pela instituição religiosa, e um pastor que se identificou como Eustáquio disse que a tenda está instalada na região desde 2010. Afirmou, ainda, "não saber de nada" sobre o caso.
"Nós fazemos cultos e orações nesse espaço. Naquela região, temos muitas pessoas carentes. Nossa comunidade está ali para ajudar os moradores", contou o religioso.