Ouro Branco: Investigações sobre pastor acusado de estupro seguem em sigilo
Vítima, que foi encaminhada para casa de parentes, está sendo assistida por Conselho Tutelar e Creas
As investigações sobre o pastor evangélico acusado de estupro de vulnerável em Ouro Branco serão conduzidas sob sigilo. De acordo com o Conselho Tutelar do município, o relatório sobre o caso foi encaminhado para o Ministério Público que recomendou informações sobre o andamento das investigações não sejam divulgados para preservar a vítima, a família e o agressor.
O pastor evangélico foi preso, na madrugada de segunda-feira (27) acusado de estuprar uma menina de 12 anos dentro da igreja em que ele administra, localizada na rodovia AL-130, em Ouro Branco. Quando os policiais militares foram checar a informação anônima sobre o abuso, encontrarm o pastor seminu. Ele admitiu que mantinha relações com a pré-adolescente e afirmou, como justificativa de que a menina seria sua "namorada" e que a família dela havia permitido o relacionamento.
O acusado foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia regional de Santana do Ipanema, mas ainda na segunda-feira foi recambiado para o Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Ouro Branco. O pastor foi autuado por estupro de vulnerável, crime de natureza hedionda de praticar qualquer ato de natureza sexual com pessoas menores de 14 anos. Caso ele denunciado e julgado pelo crime, poderá ser penalizado de 8 a 15 anos de prisão.
O crime teve grande repercussão no município pelo fato de o pastor, que é casado, ser muito conhecido na cidade. Há informações ainda de que o acusado vinha mantendo relações sexuais com a menina há meses.
Um conselheiro tutelar ouvido pela reportagem disse que não pode passar detelhes sobre o caso, mas confirmou que a família da pré-adolescente tinha conhecimento sobre o relacionamento. "No momento ela não está na casa dos pais, mas em um local seguro com parentes. Todos os procedimentos foram adotados, como exame de corpo de delito, e a vítima também está recebendo acompanhamento psicológico do Creas [Centro de Referência Especializado em Assistência Social]", declarou.
Segundo ele, a família da menina vive em condições de vulnerabilidade social, ocupando há anos uma residência inacabada em um conjunto invadido.