Mais de 90% da população concorda com quarentena, segundo pesquisa Global3
Pesquisa feita pelo instituto aponta que apenas 7,2% discordam ou acham medidas de isolamento social exageradas

Apesar de buzinaços e carreatas, ocorridos na semana passada a favor da reabertura do comércio em Arapiraca e em Maceió, 91,7% das pessoas ouvidas pela Global3 Soluções e Pesquisas concordam com as medidas adotadas pelo governo estadual de isolamento social. O instituto de pesquisa, em parceria com o 7Segundos aplicou um questionário pelo WhatsApp em que as pessoas responderam sobre suas percepções sobre a Covid-19 e a atuação governamental na adoção de medidas preventivas contra a doença.
A pesquisa foi realizada entre os dias 22 e 26 de março, após publicação de matéria no 7Segundos, e do total de quase 300 respostas, 95% delas foram de Alagoas.
Uma das perguntas da pesquisa foi sobre a aprovação das medidas do governo de isolamento social, como o fechamento de escolas, restaurantes, comércio em geral, aeroportos, igrejas e cancelamento de partidas de futebol. A grande maioria, 91,7% aprovam as medidas e 7,2% discordam ou consideram as medidas exageradas. Outros 1,1% disseram que não sabiam avaliar.
Apesar da maioria concordar com a quarentena, muitos temem as consequências econômicas que o isolamento social pode provocar. 57% temem ficar sem dinheiro para pagar as contas e 52,1% acham que poderão sofrer redução na renda. 34,7% acreditam que podem ficar sem receber salário e 25,3% acreditam que podem perder o emprego. Entre as pessoas que responderam o questionário 17,7% disse temer falência de seu negócio por conta da pandemia e 7,5% acreditam que não sofrerão nenhum problema econômico relacionado à pandemia.
A pesquisa também perguntou que medidas os governos poderiam adotar para impedir que a doença se espalhe e deu várias opções de resposta. Além do fechamento de escolas, proibindo a circulação de crianças (61,1%), a maioria das pessoas defendeu que o governo federal deve retirar dinheiro de outras áreas para investir no combate ao coronavírus, mesmo que isso tenha consequências nas eleições municipais marcadas para outubro deste ano. 63% acham que o Fundo Partidário Eleitoral deve ser cortado; e outros 54,3% acham que o recurso utilizado para custear as eleições devem ser usados para combater a doença.
Na mesma pergunta, 47,2% defenderam o uso dos recursos das emendas parlamentares para coibir a proliferação da covid-19, 44,5% concordariam se presidente, governador, prefeito, deputados, senadores e vereadores tivessem os salários cortados, e 40,8% acha que gastos com ministérios e secretarias poderiam ser reduzidos e a economia investida no controle da doença. Até mesmo os recursos utilizados para a realização de eventos culturais e esportivos poderiam ser revertido no combate ao vírus por 38,9% dos entrevistados, enquanto 39,6% acha que os governos poderiam obter mais recursos com a redução no número de cargos comissionados. Apenas 1,5% acha que nenhuma dessas medidas é necessária para conter a pandemia no país.
A maioria das pessoas que respondeu a pesquisa acredita que as medidas de isolamento social devem durar três meses (17,7%), ou ainda mais tempo que isso (24,9%). Um grande número (21,9%) afirmou não ter ideia de quanto tempo falta para que tudo volte ao normal, e outros 25,2% acham que a pandemia será vencida após um ou dois meses.
Entre as pessoas que responderam o questionário, 60,8% se declararam do gênero feminino, e 54,7% na faixa etária entre 20 a 34 anos; outros 29,8% disseram ter de 35 a 44 anos de idade. 95,1% deles residem em Alagoas, mas houve resposta também de moradores da Bahia, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, São Paulo e Sergipe.
Desses, 66% consideram a covid-19 uma doença extremamente grave e outros 25,3% avaliaram a pandemia como muito grave. Na outra ponta, 0,4% avaliaram como pouco grave e 0,2% responderam que “não tem essa gravidade que se fala”.
Mesmo assim, 97,4% adotaram medidas de prevenção contra o contágio. A maioria dessas ações estão relacionadas aos hábitos de higiene e ao isolamento social. 91,7% afirmaram que passaram a lavar mais as mãos; e 90,6% passaram a evitar aglomerações de pessoas; 68,7% adotaram hábito de usar álcool em gel; 59,2% adiaram compromissos em outras cidades; e 41,5% passaram a trabalhar em casa. É considerado alto o percentual de pessoas que resolveram estocar alimentos (19,6%) e produtos farmacêuticos (15,8%), medida que é desaconselhada por economistas, porque pode levar ao desabastecimento e à inflação de alguns produtos.
Um total de 92,5% tem preocupações relacionadas a saúde deles próprios e de seus familiares e 83% informaram que residem com idosos ou crianças, considerados mais vulneráveis ao coronavírus. Por conta disso, 91,7% respondeu que tem medo de ser contaminado.
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