Isolamento social causa redução no movimento do terminal rodoviário de Arapiraca
ônibus continuam saindo e chegando de São Paulo, porém, com número menor de passageiros
Devido à pandemia de coronavírus e os decretos estaduais que restringem a circulação de veículos, o movimento caiu bastante no terminal rodoviário estadual Deputado Nezinho, em Arapiraca, no agreste do Estado. Das oito empresas que atuam no terminal, apenas três estão funcionando, mesmo assim com uma redução de veículos disponíveis. Geralmente bastante procuradas, as empresas que faziam o trajeto incluindo as capitais Maceió, Fortaleza, Recife, Aracaju e Salvador não estão operando.
A empresa Gontijo, que faz a linha para São Paulo e Rio de Janeiro, disponibilizava dois ônibus diários de terça a sábado. De acordo com a informação passada pela empresa a reportagem do portal 7segundos, os ônibus saiam com uma média de 35 a 40 passageiros. No momento, são apenas dois ou três ônibus por semana que, na maioria das vezes, saem com cinco pessoas. Além disso, muita gente está procurando o guichê da empresa para ser reembolsado.
As empresas Catedral e São Luiz que fazem linhas como Goiânia (GO) e Brasília (DF), por exemplo, tinham quatro ônibus diários e agora estão com apenas um veículo cada. A reportagem também apurou que, a venda de passagens caiu para somente 10% do que era comercializado normalmente e, muita gente, está querendo reembolso.
Os taxistas
A reportagem também procurou a sede da Associação dos Taxistas de Arapiraca, que fica dentro do terminal. Diante da queda no número de passageiros e fechamento das lanchonetes, houve um reflexo para os 34 profissionais que atuam no local, divididos em duas turmas e mantendo o serviço 24 horas.
Além disso, conforme o decreto estadual, os taxistas não podem fazer viagens intermunicipais, o que é comum em casos de passageiros que chegam de outros Estados, a exemplo de São Paulo, e residem em cidades da região. Segundo o que foi apurado, na semana passada, um taxista aceitou uma viagem para Penedo e teve o carro apreendido.
A maioria das viagens dos taxistas são feitas para outras cidades, mas eles estão impedidos de rodar em virtude do decreto. Os profissionais atendem também a passageiros que chegam de São Paulo nos chamados ônibus de turismo, considerados clandestinos, que param próximos ao terminal.