Impedimento da reabertura do comércio de Arapiraca traz desespero a lojistas
De acordo com o empresário Gustavo Temoteo cerca de 30 lojas fecharam e 400 pessoas perderam o emprego
Na manhã desta quarta-feira (15), o empresáirio Gustavo Temóteo, membro do Centro Seguro que integra os empresários e comerciantes da área central de Arapiraca, concedeu entrevista ao radialista Ailton Avlis, na Pajuçara Fm, e afirmou que recebeu com preocupação o novo Decreto Estadual que impediu Arapiraca de avançar no plano de flexibilização do isolamento social.
Gustavo Temoteo afirmou que muitos colegas que possuem loja no centro comercial de Arapiraca ficaram desesperados com o novo decreto que deixa a segunda maior cidade do estado ainda sem poder abrir as portas das lojas.
"Já são quase 120 dias de Decreto Estadal que impede a comercialização dos produtos e como a gente vai sobreviver a tudo isso. Enquanto o país todo está retornado, Arapiraca continua fechada", relatou um empresário durante conversa por telefone com Gustavo Temoteo.
Cobrança de fornecedores, alugueis atrasados, demissões e o não pagamento dos salários dos funcionáiros são alguns dos problemas enfrentados pelos comerciantes que não tem mais fluxo de caixa para honrar todos esses compromissos. "Já são quase 30 empresas fechadas no entorno do centro comercial que não suportaram a crise da pandemia e mais de 400 pessoas que perderam o emprego", relatou.
O empresário afirmou que a falta de estrutura na rede hospitalar em Arapiraca que atende a população local e as cidades circunvizinhas - atingindo cercade um milhão de pessoas, é insuficiente e por isso dificulta o município a avançar no combate aos casos de pessoas contaminadas pelo coronavíirus
“Temos apenas 36 leitos de UTIs para atender toda essa demanda enquanto na capitalvários hospitais privados e públicos que foram colocados para tratamento de pacientes em tratamento da covid-19. Em Arapiraca, dos 36 leitios, 34 estão ocupados,vivemos o colapso da saúde”, pontuou.
Ele disse ainda que cerca de 80 emprésarios do Centro lançaram a campanha Centro Seguro como iniciativa responsável desse setor para contribuir no controle da doença, mas é preciso que os políticos e governantes também entendam a necessidade da sobrevivência de milhares de comerciantes, autônomos e outros profissionais que precisam colocar todos os dias comida na mesa para sua família.
O empresário encerrrou a entrevista afirmando que é necessários a união de forças muncipais e estaduais para que se apresente uma solução eficaz para que a curva ascendente de contaminação e números de óbitos seja reduzida.
“Os governos municipal e estadual precisam realizar um trabalho mais articulado, ostensivo e eficiente para que a gente possa voltar a esse novo normal urgentemente”, finalizou.