[Vídeo] Segundo advogado, houve abuso em perseguição que resultou em morte de suspeito
JFB usou situação para exemplificar suposto abuso de autoridade, do qual diz também ser vítima
Em um vídeo que passou a circular nas redes sociais na madrugada desta sexta (31), o advogado José Fábio Bernardo, mais conhecido como JFB, afirmou que teria ocorrido abuso de autoridade na perseguição policial ocorrida na última quarta-feira (29), em que um suspeito de tráfico de drogas acabou morto.
O advogado contestou a versão de que Marcelo Torres Pacheco morreu em uma troca de tiros com policiais. No vídeo ele afirma que “se o cara é criminoso, ele deve responder conforme a lei, mas o policial de forma covarde executou o rapaz”, se referindo ao caso.
Ao 7Segundos, JFB explicou que usou a situação como exemplo de “abuso de autoridade policial”, do qual ele também teria sido vítima. Ele disse que não tem qualquer ligação com a família do suspeito e baseou sua declaração nas imagens de câmera de segurança que mostram os momentos finais da perseguição policial.
“Eu apenas dei minha opinião sobre o caso. Nas imagens é possível perceber que o rapaz não estava baleado quando bateu o carro e saiu correndo para se esconder. Ele entra na casa e depois, um policial entra também. Quando o policial sai, ele vai para a viatura e faz um movimento como se estivesse trocando de arma, pareceu que queria mascarar o que havia feito”, declarou.
JFB afirma lutar contra o abuso de autoridade cometido pela polícia da qual ele próprio teria sido vítima, na noite de quinta-feira (30). No vídeo, ele relata que se envolveu em um acidente de trânsito e acabou sendo conduzido para a delegacia regional de Palmeira dos Índios, onde foi detido em flagrante por se recusar a fazer teste do bafômetro. Ele foi liberado após pagamento de fiança e gravou o vídeo assim que chegou em casa.
“Se eu estivesse alcoolizado, como eles diziam, não teria gravado aquele vídeo. Estou sendo alvo de abuso de autoridade”, justificou.
O advogado conta que bateu na traseira de outro veículo na avenida Ceci Cunha e quando estava entrando em acordo com o motorista do outro carro sobre o pagamento dos danos, a Polícia Militar chegou ao local. O advogado disse que achou estranho que os policiais quiseram revistar o veículo dele. “Fiquei chateado porque se tratava de uma situação comum de trânsito, não tinha motivo para que houvesse qualquer suspeita da parte deles. Se eu tivesse algo a esconder nem questionaria. Depois da revista, quiseram que eu fizesse o bafômetro e eu me recusei”, relata.
Devido a recusa, foi encaminhado para a delegacia de Palmeira dos Índios, onde o plantão estava sendo cumprido. “Depois de um tempo vieram me perguntar se eu sabia onde eu estava. Eu respondi, mas não entendi o porquê de terem me perguntado isso”, disse, ressaltando que na delegacia não foi dada a opção de fazer exame de sangue para detectar a presença de álcool no sangue. Mesmo assim, foi autuado em flagrante com base no testemunho dos policiais de que ele estaria “visivelmente embriagado”.
“Mas tudo não passou de abuso de autoridade e eu não vou deixar por isso mesmo. Sempre lutei contra o abuso de autoridade, doa a quem doer”, afirmou o advogado, que é pré-candidato a vereador em Arapiraca e é conhecido por ser envolver em polêmicas, como uma suposta briga com o presidente da Câmara de Arapiraca, Jario Barros, em um restaurante. JFB afirma que tudo não passou de boato e o parlamentar nunca se manifestou sobre o ocorrido.
A reportagem entrou em contato com o 3 Batalhão da Polícia Militar, mas assessoria que o comandante, tenente-coronel Palmeira não irá se manifestar sobre o vídeo gravado por JFB porque os procedimentos feitos pelos policiais militares aconteceram dentro da legalidade.