Advogada diz que foi assediada por prefeito de Palmeira dos Índios
Margareth Fausto disse ter documentos que comprovam fraude em concurso público e manipulação de licitações
Assédio sexual, perseguição, humilhação. Essas são algumas das situações que a advogada Margareth Alves da Costa diz ter passado diante do prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar (PSB). Ela revela, ainda, que possui gravações de reuniões realizadas com a equipe técnica da Prefeitura e documentos que comprovam uma série de atos de improbidade administrativa, entre eles, a fraude do último concurso público do município e manipulação de processos licitatórios. Ela era chefe do setor de licitações e contratos.
As declarações de Margareth Fausto foram dadas publicamente num grupo de conversas, via aplicativo, que discute a política local. Ela diz que no momento oportuno irá formalizar as denúncias no Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF), além de prestar queixa na Delegacia Regional de Polícia (DRP).
Entre as denúncias, uma das que mais chamou atenção, foi a de assédio moral e sexual. “Mostrarei que ele é tão baixo, tão medíocre, que uma vez eu estava numa reunião e só tinha eu de mulher. Ele disse na frente de todos os homens que eu precisava de r*o*l*a. Uma falta de respeito horrível comigo e que ainda cabe processo por assédio moral... assédio sexual”, escreveu.
Margareth revelou que levará às autoridades são provas de fraude na banca de organização do último concurso público, que ela caracteriza como fraudulento. “Eu provo que ele obrigava a determinar o vencedor de licitação. Se não fosse do agrado dele, tinha que revogar. Já tiveram várias vezes que tivemos que revogar a licitação simplesmente porque ele não gostava da pessoa que tinha ganhado. Não posso entrar com mais detalhes porque vou tratar esse assunto diretamente com a polícia civil, federal, e também vou ao Ministério Público”, garantiu, através de um áudio.
O Portal 7Segundos entrou em contato com a advogada para que ela disponibilizasse a documentação que comprovam as denúncias. Ela disse que teria disponibilidade em fornecer o material que, segundo ela, está em Maceió.
Além de advogada, Margareth Fausto é administradora de empresas com especialização em gestão pública. Ela foi nomeada para o cargo de Diretora de Gestão Administrativa e de Pessoas em maio de 2017 e permaneceu na administração municipal por pouco mais de três anos.
A reportagem procurou o coordenador de comunicação da Prefeitura, Henrique Romeiro. Ele disse que não tem conhecimento das denúncias e que tentará localizar o prefeito para discutir qual será o posicionamento a ser tomado.
PREFEITO TEM HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA
Não é a primeira vez que o prefeito Júlio Cezar é acusado de violência contra mulher. Em 2019, ele foi flagrado prestando esclarecimentos no Fórum da Capital. Em decisão proferida pelo Juiz de Direito Paulo Zacarias da Silva, no dia 12 de fevereiro de 2019, determina medida protetiva em favor da vítima (cujo nome será preservado).
“Intime-se com urgência o Sr. Júlio Cesar da Silva, entregando cópia integral desta decisão, advertindo-se que o descumprimento, ensejará a sua prisão, bem como incorrerá no crime previsto no art. 24-A, da Lei nº11.340/60, cuja pena poderá chegar a 02 (dois) anos de detenção”.
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