O ex-vereador Jaelson dos Santos Silva, mais conhecido como Mima, da cidade de São Brás, na Região do baixo São Francisco de Alagoas, se envolveu em mais uma confusão. Na segunda-feira (7) Mima, que é policial civil, teria agredido duas pessoas, e ainda teria apontado uma arma para suas cabeças. A motivação da agressão seria por questões políticas. Em outra ocasião, Mima chamou a população ribeirinha de “preguiçosa”. As vítimas, dois homens de 34 e 36 anos, prestaram queixa na Polícia Civl em São Brás nesta quinta-feira (10).

De acordo com o relato do Boletim de Ocorrência (veja abaixo), um grupo de pessoas estava na porta da casa de um candidato a vereador, conhecido como Alegria, após uma reunião política. Mima teria visto o grupo, deu marcha ré no carro e passou com o veículo bem próximo das pessoas, que teriam tido que se encostar no muro.

Ainda segundo o relato, Mima desceu do carro com arma apontada para um das vítimas dizendo “fale alguma coisa pra você apanhar safado”. Após isso, Mima teria dado um tapa na vítima que caiu no chão. Com a vítima no chão, o ex-vereador apontou a arma para a sua cabeça, e chutou suas nádegas.

Algumas pessoas teriam intervido na situação, e então o ex-vereador se afastou e declarou que “o grupo de vereadorzinhos que derrubou ele iria pagar”. O irmão da vítima foi questionar a atitude de Mima e ele teria dados uns tapas na cara dele e também apontado a arma pra sua cabeça.

A vítima disse ainda no Boletim de Ocorrência que não é candidato e que não entendeu a atitude de Mima. A confusão só teria terminando quando populares chamaram o ex-vereador de covarde, e o mesmo teria entrado no carro e ido embora.

A redação do 7Segundos entrou em contato com ex-vereador Jaelson dos Santos Silva, que informou que “nunca bebi, nunca fumei , não ando em festa , não ando com deboche com ninguém. Também não aceito que nenhum desocupado , encha a cara de cachaça e venha tirar meu sossego”.

Outras agressões e cassação do mandato 

Mima teve o mandato de vereador cassado pela Câmara Municipal de São Brás no mês de março, em decorrência de processo disciplinar após atitudes que feriram o decoro parlamentar. O ex-vereador é acusado de arremessar dinheiro na mesa diretora da Câmara, ]arrombar cadeados de órgãos públicos e de ir em escola, sem aviso prévio à direção, sob o pretexto de fiscalização, ato considerado invasão.

Ele também é acusado de agressão física, teria forjado um acidente de carro para receber dinheiro do seguro do veículo e ainda permitido que crianças de uma escola municipal manuseassem armas de fogo, incluindo fuzis, diante uma visita ao Cisp.

Na época da cassação, Mima disse ser vítima de perseguição política por denunciar a “farra das diárias”, que os vereadores receberiam indevidamente. A Câmara instaurou um procedimento para investigar a denúncia.

Após ter o mandato cassado, Mima, que é policial civil e atuava em Alagoas após ser cedido, retornou ao Estado do Acre, onde é concursado.

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