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'Perdi esperança': homem sobrevive 24 dias à deriva no mar comendo ketchup

Segundo a Marinha, o homem não possuía nenhum tipo de conhecimento em navegação, o que o deixou perdido no mar

Por UOL 24/01/2023 10h10 - Atualizado em 24/01/2023 10h10
'Perdi esperança': homem sobrevive 24 dias à deriva no mar comendo ketchup
François foi resgatado após passar 24 dias no mar comendo ketchup - Foto: Reprodução/Armada de Colombia

Um homem foi resgatado após passar 24 dias à deriva a cerca de 200 km da península de La Guajira, na Colômbia, se alimentando apenas de ketchup e de temperos de comida.

Elvis François, de 47 anos, foi resgatado pela Marinha colombiana depois que um avião sobrevoou seu barco e a tripulação viu a palavra "socorro" gravada no casco da embarcação.

François, originário da ilha Dominica, no Caribe, disse, em um vídeo obtido pela NBC News, que estava fazendo reparos no barco próximo à ilha de São Martinho, na mesma região, em dezembro do ano passado, quando más condições climáticas o levaram ao mar aberto. 

"Vinte e quatro dias — sem terra, sem ninguém para conversar, sem saber o que fazer ou onde está — foi difícil", disse François no vídeo. "Em certo momento, perdi as esperanças."

Segundo a Marinha, o homem não possuía nenhum tipo de conhecimento em navegação, o que o deixou perdido no mar.

François afirmou que tentou entrar em contato com amigos e colegas de trabalho, mas que acabou ficando sem sinal quando se afastou da costa. Assim, ele precisou contar com os suprimentos que estavam a bordo para se alimentar.

"Eu não tinha comida. Eram só uma garrafa de ketchup, alho em pó e [tempero] Maggi que estavam no barco. Então, eu misturei com um pouco de água", disse.

O comandante Carlos Urbano Montes, da Marinha colombiana, relatou à Associated Press que François bebia água da chuva que coletava com um pano. Além disso, o militar declarou que o marinheiro foi encontrado em bom estado de saúde, mas que perdeu peso durante o período à deriva.

A Marinha informou, em comunicado à imprensa, que François recebeu uma consulta médica e, depois, foi encaminhado às autoridades de imigração, que vão enviá-lo de volta a seu país.