Rede estadual tem 67 premiados na Olimpíada Nacional de Ciências
Foram 37 medalhas e 30 Menções Honrosas
Sessenta e sete estudantes da rede estadual foram premiados na edição 2023 da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC). Dentre elas, são 37 medalhas (10 ouros, 13 pratas e 14 bronzes) e 30 Menções Honrosas. O Colégio Tiradentes da Polícia Militar (CPM) soma 58 premiações, das quais 45 são da Unidade Agreste e 23 da Unidade Maceió. Os estudantes que conquistaram medalhas na ONC destacaram a importância da premiação e como se prepararam para a recebê-la.
No Tiradentes, das 45 premiações da Unidade Agreste, são 23 medalhas (7 ouros, 7 pratas, 9 bronzes) e 22 Menções Honrosas, enquanto a unidade da capital teve 13 premiações (2 ouros, 4 pratas, 3 bronzes, 4 Menções).
As demais premiações são das escolas estaduais Ana Lins, de São Miguel dos Campos (1 ouro); Almeida Cavalcanti, de Palmeira dos Índios (1 prata e 1 Menção Honrosa); Eunice Lemos Campos, de Maceió (1 prata); Fernandes Lima, de Maceió (1 bronze e 1 Menção Honrosa); Geraldo Melo, de Maceió (1 bronze); Padre Aurélio Gois, de Junqueiro (1 Menção Honrosa) e Maria Avelina do Carmo, de Traipu (1 Menção Honrosa).
O coordenador da ONC em Alagoas, Professor Demetrius Morilla, do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), explica como se dá a seleção dos medalhistas. “O aluno tem que ter uma nota de corte igual ou maior à média geral. Na segunda fase, 5% dos estudantes com as melhores notas são classificados em ouro, prata e bronze. Os demais, que fazem até 50 pontos, ganham Menção Honrosa”, detalha.
PREMIADOS
“Ver meu nome na lista foi emocionante, pois faz tempo que vinha me preparando para conseguir uma medalha de ouro na ONC. Eu me esforcei em aprender os assuntos que mais caíam na prova para conseguir alcançar meu objetivo”, relata Luís Antônio Nunes, do CPM Agreste, que já havia conquistado prata e duas Menções Honrosas na competição.
Já os medalhistas de ouro do Tiradentes Maceió, Maria Ritta Candido, do 6º ano do ensino fundamental e Murilo de Arroxelas, do 9º ano do ensino fundamental, conquistaram a premiação máxima já na sua primeira participação na olimpíada. “Fiquei surpreso, pois achei a prova bem difícil principalmente na parte de biologia”, conta Murilo, que ganhou dois ouros na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). “Foi minha primeira olimpíada e foi uma experiência muito legal. Agora, quero participar de mais competições”, avisa Maria Rita, de 11 anos.
Aluno da 1ªsérie do ensino médio da Escola Estadual Ana Lins Erike Maicon destaca os benefícios que a medalha trará em sua vida. “A ONC é uma das olimpíadas mais difíceis que existe. Por isso, fico imensamente feliz por esta medalha, pois não foi fácil consegui-la. Sei que ela vai me abrir muitas portas, a exemplo do ingresso em algumas universidades que possuem cotas para medalhistas olímpicos”, frisa Erike.
Surpresos e felizes com seus desempenhos, os medalhistas de prata Anita Grazielly, da Escola Estadual Almeida Cavalcanti e Antenor Rodrigues, do CPM Maceió, relatam suas impressões da prova. “Ganhar essa medalha é uma sensação inexplicável. Sou muito grata a meus professores, em especial ao professor Lucyan por ter me apresentado este mundo das olimpíadas”, afirma Anita, que, recentemente, também foi premiada na Maratona Alagoana de Lógica da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) com medalha de bronze.“A prova foi bem equilibrada, algumas questões difíceis, em especial as de química. Eu baixei provas, assisti videoaulas, mas confesso que a prata foi uma ótima surpresa, eu esperava uma Menção Honrosa. E para quem desejar participar da ONC 2024, minha dica é se preparar bem e não se assustar. Vai dar tudo certo”, aconselha Antenor.
ORGULHO
Professores e gestores das escolas com estudantes premiados celebram suas conquistas na ONC. “Tivemos 45 premiados e este feito excepcional é um reflexo do empenho e da excelência dos estudantes e docentes da nossa escola. O CPM Agreste parabeniza calorosamente todos os envolvidos nesta conquista”, comemora a diretora pedagógica Tatiana Lessa. “As olimpíadas de conhecimento têm um papel fundamental no desenvolvimento intelectual dos alunos”, complementa o major PM James, subcomandante do CPM Agreste.
Um dos professores responsáveis por preparar os alunos do CPM Agreste, o professor Thierry Sena aponta o trabalho em equipe como responsável pelo resultado. “A ONC é uma olimpíada que atinge uma maior quantidade de eixos interdisciplinares. A cada ano temos tido uma maior participação e, consequentemente, os resultados têm aparecido. E isso é possível graças ao empenho da equipe diretiva, corpo docente e dos nossos alunos”, avalia Thierry.
No CPM Maceió, a equipe gestora destaca os benefícios que a participação em olimpíadas de conhecimento trará para os estudantes. “Apoiamos as olimpíadas porque elas trazem melhorias para o aprendizado e ensino dos estudantes”, enfatiza a diretora pedagógica Helena Soares. “Estas provas nos ajudam a mostrar aos nossos alunos que eles podem alçar voos ainda maiores, é só se dedicar”, conclui o tenente-coronel Sidney Cunha, diretor militar da instituição.
Alegria também nas escolas estaduais Ana Lins e Almeida Cavalcanti. “A ONC permite que os estudantes ampliem seus conhecimentos sobre as ciências e as tecnologias. A medalha do Erike demostra que estamos no caminho certo e incentiva outros alunos a se interessarem por este mundo. Aproveito também para agradecer aos nossos professores, os quais atuam diariamente na formação desses jovens”, declara a diretora da Escola Ana Lins, Rita Mendonça.
A equipe da Escola Estadual Almeida Cavalcanti avalia que a ONC prepara os alunos para provas ainda mais competitivas, a exemplo do Enem. “ Trata-se de uma competição interdisciplinar que aglutina conhecimentos de química, física, biologia, astronomia e história e desperta no estudante a vontade de ser cientista. E também o ajuda a fazer uma autoavaliação para a prova Enem”, observa o coordenador pedagógico Lucyan Mendonça. “A ONC promove essa aproximação entre a Educação Básica e o Ensino Superior e motiva os jovens envolvidos. Foi o que vimos em nossa escola”, finaliza o professor de história Vinicius Alves.