Manifestação pede justiça para servidora da oposição que foi exonerada em Campo Alegre
Familiares da servidora dizem que ela perdeu o emprego perseguição política do prefeito Nicolas Pereira
Uma manifestação convocada pela família da diretora da escola onde dois alunos foram supostamente agredidos por um professor, pediu justiça para a servidora que, de acordo com os manifestantes, perdeu seu emprego por perseguição política
Sueli Correia era diretora da Escola Municipal João Fernandes Vieira Filho e de acordo com a Prefeitura de Campo Alegre, perdeu seu emprego por acobertar as ações de seu marido, policial e professor, Gean Correia, que foi acusado de pressionar a cabeça de um aluno contra a grade durante os Jogos Internos.
Para a família de Sueli, a exoneração faz parte de uma perseguição política à família por parte do prefeito Nicolas Pereira. Durante manifestação em frente a Prefeitura de Campo Alegre, a família expôs sua versão.
De acordo com os manifestantes, o professor que tentou parar a agressão de alunos que perderam as competições dos Jogos Internos, tem conhecimento em deter pessoas furiosas por ser um policial.
No mesmo dia da confusão dos Jogos Internos, na escola em que Sueli era diretora, a servidora postou uma foto com o boné do deputado André Silva. Esse seria o motivo para a exoneração de Sueli, de acordo com as falas dos manifestantes durante o ato.
A família da servidora faz parte da oposição ao prefeito Nicolas. O marido de Sueli, o professor e policial que tentou intervir na briga dos alunos, é irmão do vereador G. Correia, que por sua vez, acusou o prefeito Nicolas de perseguir a filha de Sueli, Gaby Correia, quando ela tentou se candidatar a conselheira tutelar.
“Se o pai não tivesse agido a nota seria: o policial que estava ali como coordenador não preveniu a ocorrência”, disse Gaby Correia durante o ato. De acordo com Gaby, o real motivo para Gean ser demitido, é ser irmão do vereador G. Correia.
O que aconteceu?
A prefeitura de Campo Alegre havia confirmado a exoneração de quatro servidores da Educação envolvidos em crime de agressão contra dois alunos da rede municipal, de 15 e 17 anos. Os demitidos foram a diretora, o vice-diretor, o coordenador pedagógico e um agente de aprendizagem do programa Conexão, que atuavam na Escola Municipal de Educação Básica João Fernandes Vieira Filho.
O caso chegou ao conhecimento da prefeitura após a divulgação de um vídeo nas redes sociais que mostrava um professor agredindo uma das vítimas, aluno da escola, pressionando a cabeça dele contra a grade da quadra esportiva. As imagens geraram revolta e uma onda de repúdio da comunidade escolar.
Nota da Prefeitura
O Município de Campo Alegre, através da sua Procuradoria-Geral, vem a público prestar esclarecimentos referentes ao Processo Administrativo Disciplinar, que investigou a conduta de quatro servidores públicos municipais, sendo dois contratados e dois efetivos, e, ao final, culminou na descontinuidade dos mesmos no serviço público.
O PAD foi conduzido com absoluta transparência e rigor jurídico, respeitando-se, em todas as suas etapas, o princípio do contraditório e da ampla defesa, conforme preconizado pela legislação vigente. Todos os procedimentos foram cumpridos de acordo com os preceitos legais, e a Comissão Geral de Procedimento Administrativo Disciplinar atuou com independência e imparcialidade, garantindo aos envolvidos a oportunidade de exercerem plenamente seus direitos.
Rebatendo as acusações infundadas veiculadas em redes sociais, informamos que as ações tomadas pela Comissão basearam-se em evidências concretas de violações regimentais por parte dos servidores implicados, os quais desrespeitam normas fundamentais inerentes ao cargo público municipal, como estabelecido pela Lei Municipal nº 548/2008.