MPAL articula-se com outras entidades para a conservação do macaco-prego-galego
A espécie é endêmica do Brasil e ocorre em fragmentos da Mata Atlântica e da Caatinga

Representantes de diversas entidades aprovaram o “Plano de Ação Estadual para a Conservação do Macaco-Prego-Galego na Caatinga de Alagoas” durante reunião realizada pelo Ministério Público de Alagoas no município de São José da Tapera nesta sexta-feira (14). Com a aprovação do plano, ele será encaminhado para o Governo do Estado para que, assim, se torne em uma política pública.
De acordo com o promotor de Justiça Alberto Fonseca, foram mapeados 10 grupos de macaco-prego-galego nos municípios que integram o Plano de Ação Estadual. São eles: Mata Grande, Água Branca, Delmiro Gouveia, Olho D’Água do Casado, Piranhas, São José da Tapera, Pão de Açúcar, Belo Monte, Cacimbinhas e Minador do Negrão.
“A nossa visão de futuro é ter, na caatinga de Alagoas, populações viáveis do macaco-prego-galego, sendo conservadas, preservadas e acompanhadas por todas as instituições que integram o Plano, bem como pela população de um modo geral. Assim, esperamos dar continuidade à vida, envolvendo todo o ecossistema”, destacou o promotor de Justiça.
Idealizado pelo Ministério Público de Alagoas, o Plano de Ação Estadual vem sendo discutido desde 2017 e é fruto de uma série de diálogos com poder público, órgãos ambientais e entidades do terceiro setor. Com a aprovação do Plano, o documento será encaminhado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) para que as ações contidas nele se tornem uma política de estado.
Perigo de extinção
O macaco-prego-galego está em perigo de extinção, de acordo com a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A espécie é explorada desde a chegada dos portugueses ao Brasil, tendo sido inclusive retratada em obras de arte que datam de 1520. Após ser tido como extinto por mais de 200 anos, o animal foi redescoberto em 2006.
A espécie é endêmica do Brasil e ocorre em fragmentos da Mata Atlântica e da Caatinga. No Nordeste, há casos de ocorrência do macaco-prego-galego nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. O animal pode viver em grupos que ultrapassam 100 animais, organizando-se em subgrupos para desempenhar suas atividades do dia a dia.
MPAL pela conservação das espécies
O Plano de Ação em prol do macaco-prego-galego faz parte do Programa de Atuação Ministerial para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção no Estado de Alagoas, do Ministério Público de Alagoas. Instituído pelo Ato PGJ 19/2017, o programa tem como objetivo desenvolver ações e projetos que possibilitem a conservação de espécies que correm o risco de desaparecer.
Por meio do programa, o MPAL desenvolve atualmente os projetos Pró-Reserva e Pró-Manguezais, bem como os planos de ação em prol do macaco-prego-galego, do mutum-de-alagoas e do papagaio-chauá, sendo que estes dois últimos já são uma política pública estadual.
“Temos mais outros dois planos de ação em desenvolvimento, um pela conservação do macuco e outro voltado ao papagaio-do-mangue. Importante salientar que, quando você trabalha pela preservação de uma espécie, você também está contribuindo com a preservação do próprio habitat onde vive esse animal e com o meio ambiente de uma forma geral”, informou o promotor de Justiça.
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