Fatalidade

Adeus a Zezito Guedes: cortejo e sepultamento marcam despedida em Arapiraca

Historiador dedicou a vida a registrar a história da Capital do Agreste alagoano

Por 7Segundos 09/12/2025 15h03 - Atualizado em 09/12/2025 16h04
Adeus a Zezito Guedes: cortejo e sepultamento marcam despedida em Arapiraca
Zezito Guedes foi a maior referência arapiraquense em preservação da cultura popular - Foto: 7Segundos

O historiador, pesquisador e ícone da cultura popular arapiraquense José Gomes Pereira, o Zezito Guedes, foi sepultado na manhã desta terça-feira (9), no Cemitério Previda, em Arapiraca. Ele faleceu aos 89 anos, nessa segunda-feira (8), deixando um legado imensurável para o Agreste alagoano.

O velório, realizado no Museu Zezito Guedes, reuniu familiares, artistas, autoridades, pesquisadores e admiradores do folclorista. Após as últimas homenagens, o caixão com o corpo de Zezito seguiu em cortejo conduzido por um veículo do Corpo de Bombeiros, saindo da Praça Luiz Pereira Lima rumo ao cemitério, onde ocorreu o sepultamento sob forte comoção.

Considerado a principal referência cultural de Arapiraca, Zezito era folclorista, escultor autodidata, poeta e escritor. Durante décadas, dedicou-se a registrar e divulgar a história, as tradições e as manifestações populares do Agreste e do Nordeste.

Fundador da Academia Arapiraquense de Letras e Artes (Acala), teve obras reconhecidas nacional e internacionalmente, com exposições em cidades como Maceió, Recife, Rio de Janeiro e Salvador, além de países como a Itália.

Entre suas publicações mais marcantes estão Cantigas das Destaladeiras de Fumo, A Feira de Arapiraca, Folclore da Seca, Tabira e Outras Manifestações Populares e Arapiraca Através do Tempo.

Nascido na Paraíba e radicado em Arapiraca desde os seis anos, Zezito construiu toda sua trajetória artística e intelectual no município. Em 2009, recebeu a homenagem máxima com a inauguração do Museu Zezito Guedes, que abriga esculturas, documentos e objetos que contam a história da cidade.

A despedida desta terça-feira encerra um capítulo importante da cultura arapiraquense, mas o legado de Zezito segue vivo na memória e na identidade do povo que ele tanto ajudou a valorizar.