Jogos Olímpicos: cerimônia de abertura celebra diversidade e emociona com homenagens
Após dificuldades, jogos estão oficialmente abertos
A cerimônia de abertura marcou o início dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que foi adiado para 2021. Em evento realizado no Estádio Olímpico de Tóquio, na manhã desta sexta-feira, sem público, a festa destacou a diversidade, inclusão, além da cultura, tradição e história do Japão. As vítimas da Covid-19 e do terremoto de 2011 também foram homenageadas.
Foram 1.797 dias entre o encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e a abertura da Olimpíada de Tóquio. O intervalo foi maior que o esperado por conta do adiamento do evento, que estava previsto para o ano passado, em razão da pandemia do novo coronavírus.
Tóquio é a sede da 32ª edição dos Jogos Olímpicos. É a segunda vez que a cidade recebe o evento - a primeira foi em 1964. Vale lembrar que Tóquio também iria receber a Olimpíada em 1940, mas a edição foi cancelada por conta da Segunda Guerra Mundial.
DESTAQUE PARA OS ATLETAS
A cerimônia de abertura começou destacando o esforço dos atletas durante a pandemia do novo coronavírus. Com o mundo paralisado e o evento adiado para 2021, os atletas tiveram que se superar na preparação para disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio.
Em meio a um espetáculo de luzes e fogos, vídeos dos atletas treinando em casa foram reproduzidos durante a cerimônia. Na encenação no campo do Estádio Olímpico de Tóquio, homens e mulheres estavam se preparando sozinhos, isolados com esteiras e bicicletas ergométricas.
HISTÓRIA E CULTURA JAPONESA
Após a homenagem aos atletas, a cerimônia de abertura destacou a cultura, história e tradição japonesa. Com destaque para a arte cênica, os artistas estavam envoltos por tecidos vermelhos com muita tecnologia. Atletas e campeões olímpicos carregaram a bandeira do Japão.
A bandeira do Japão foi hasteada e, logo após, houve o discurso de Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, e do Imperador japonês Naruhito. Por fim, o hino do Japão encerrou o bloco de homenagens a cultura e história japonesa.
HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DA COVID-19 E TERREMOTO
Antes do desfile das delegações, ainda houve uma homenagem às vítimas da Covid-19 e do terremoto de 2011. Foi utilizada muitas lanternas para realizar um show de luzes - uma tradição japonesa para saudar àqueles que partiram.
O sapateado dos bailarinos foi uma homenagem aos bombeiros voluntários japoneses. Neste momento, iniciou uma série de homenagens às vítimas do terremoto de 2011, no leste do Japão. Por fim, os arcos olímpicos foram formados para dar início ao desfile.
BRASIL DESFILA COM EQUIPE REDUZIDA
Em razão da pandemia, o Brasil desfilou com uma equipe reduzida. A ideia do Comitê Olímpico Brasileiro era evitar contaminações para não gerar cortes de atletas. Os porta-bandeiras foram Ketleyn Quadros, bronze em Pequim 2008 com o judô feminino, e Bruninho, ouro com vôlei masculino no Rio 2016.
A judoca Ketleyn Quadros se tornou a primeira mulher do país a conquistar medalha individual nos Jogos Olímpicos. Já o levantador Bruninho esteve nas finais das últimas três edições e conquistou a medalha de ouro somente na Olimpíada do Rio, em 2016.
O Brasil foi apenas o 151º país a desfilar. Ao todo, foram 206 delegações que desfilaram pelo Estádio Olímpico de Tóquio. O motivo da demora foi a ordem do alfabeto japonês.
JOGOS DA DIVERSIDADE
Após o desfile das delegações, a cerimônia de abertura encerrou destacando a diversidade. O juramento olímpico foi realizado por seis atletas, sendo três mulheres e três homens. Logo após, uma performance celebrou a inclusão e diversidade ao som de "Imagine", de John Lennon - também homenagem à Yoko Ono, viúva do ex-Beatles.
Por fim, o Imperador japonês Naruhito declarou aberto os Jogos Olímpicos de Tóquio. A bandeira olímpica foi carregada por um representante de cada continente, simbolizando a inclusão. Após o hino olímpico, a pira olímpica foi acesa pela tenista Naomi Osaka, a primeira tenista japonesa a ganhar um Grand Slam.