Clássico da final do Alagoano tem cenas de selvageria dentro e fora do Estádio Rei Pelé

O CSA entrou em campo neste domingo (08) com a missão de fazer pelo menos dois gols, para empatar a final no acumulado e levar a decisão para os pênaltis. A missão era complicada. O adversário era o maior rival. Mas a torcida compareceu em peso e empurrou o time em uma festa de encher os olhos do início ao fim. O CRB fez o que precisava. Levou o jogo sem correr muitos riscos. A torcida em menor número, pelo mando de campo dos azulinos, não se fez de tímida e jogou com o Galo, que no final do segundo tempo ainda ampliou a vantagem. Placar marcava CSA 0 X 1 CRB. No acumulado CSA 0 X 3 CRB. Apito final e era só partir para a grande comemoração. Mas o gramado foi invadido e as duas torcidas protagonizaram cenas de horror. Dentro e fora do estádio.
Os torcedores regatianos invadiram o gramado, muitos comemoraram com os jogadores, mas outros fizeram ameaças a jogadores adversários. A torcida azulina entrou em campo e imediatamente o confronto teve início. Um torcedor do CSA foi cercado e agredido por parte da torcida adversária. Quando as agressões cessaram, os regatianos tentaram fugir, mas um acabou caindo e foi brutalmente espancado, com chutes que tinham como alvo a cabeça do torcedor.
Quando o grupo de torcedores azulinos que espancava o regatiano fugiu, uma profissionais de rádio e televisão que trabalhavam na cobertura da final prestaram o primeiro socorro. Em seguida, a equipe médica do CRB, que realizou os primeiros atendimentos ao jovem, que teria precisado ter a garganta para que voltasse a respirar.
A polícia não conseguiu intervir nessa agressão. O que deixou torcedores na arquibancada e profissionais da comunicação chocados. O Batalhão de Operações Especiais (BOPE) demorou a atender a confusão em campo, já que grande parte dos homens estavam nas arquibancadas destinadas ao CSA, em uma tentativa de dispersar a torcida azulina em grande maioria pelo mando de campo.
Fora do Estádio Rei Pelé mais confusão. Torcedores brigavam. Dois homens em uma motocicleta esperaram parte da torcida sair e começaram a atirar. Em seguida, a dupla tentou fugir e começou a quebrar retrovisores de carros. Os suspeitos acabaram indo de encontro a uma equipe da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e acabaram presos. Cerca de cinco veículos foram danificados. Os proprietários que tiveram os retrovisores quebrados registraram a ocorrência.
Em outros bairros da cidade, mais registros de confronto entre torcidas. A Secretaria de Segurança Pública, emitiu uma nota onde lamentava o vandalismo envolvendo membros das torcidas organizadas e afirmava que foram destinados 300 homens e mulheres para compor a segurança do clássico da final, como teria sido discutido entre representantes do CSA e CRB, da Federação Alagoana de Futebol e autoridades competentes.
A assessoria de comunicação do Hospital Geral do Estado (HGE), informou que cinco pessoas deram entrada na unidade, três apresentaram apenas escoriações. Os outros dois teriam sido submetidos a exames de imagem. O quadro de saúde de todos foi considerado estável.
Sobre o torcedor regatiano que aparentemente sofreu o maior número de agressões, a assessoria do HGE emitiu um novo boletim na manhã desta segunda-feira (09), informando que o paciente é um adolescente identificado como N.S, de 17 anos. O menor continua na área Vermelha da unidade. Ele teria sofrido vários ferimentos e trauma na face, no entanto, ficou lúcido. Nesta manhã, o paciente permanece aos cuidados da neurocirurgia e cirurgia bucomaxilo após sofrer trauma na face. Estado de saúde é estável.
Ainda na noite de ontem, os outros quatro torcedores que deram entrada no Hospital Geral do Estado receberam alta médica.
Festa do título ofuscada
O CRB conquistou o Alagoano de 2016, com uma vitória simples, com placar de 1 x 0. No primeiro confronto da final, o Galo já havia vencido o CSA pelo placar de 2x0, entrando em campo nesse domingo (08) com a vantagem. O CSA precisava fazer 2 gols para levar a decisão para os penaltis. Mas no final do segundo tempo Neto baiano, que mais uma vez saiu do banco de reservas, balançou as redes e confirmou o 29º título do Galo.
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