Em Maceió, 61,3% dos consumidores estão endividados; 32,1% possuem contas em atraso
Dados foram divulgados pela Fecomércio/AL; pesquisa foi realizada em parceria com a CNC
Apesar do mês de maio trazer uma despesa a mais com presente do Dia das Mães, os consumidores de Maceió ficaram menos endividados, conforme sinaliza pesquisa do Instituto Fecomércio AL em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC). No geral, de acordo com o levantamento, 61,3% dos consumidores estão endividados; índice 4,96% menor do que no mês anterior.
Dentro do universo de endividados, 32,1% possuem contas em atraso, expressando um aumento de 1,26% de pessoas que estão tendo dificuldades de realizar seus pagamentos, quando comparado ao mês de abril. Os inadimplentes são 19,2%, já os consumidores que possuem dívidas - mas estão adimplentes - representam 10%. De acordo com a pesquisa, 38,7% dos maceioenses não possuem nenhum tipo de dívida (cartão de crédito, carnês de loja e de financiamentos, etc.).
O assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, explica que a pesquisa busca acompanhar o ritmo de consumo das famílias por meio de uma perspectiva relacionada ao aumento de dívidas ligadas ao cartão de crédito, carnês de loja, financiamentos de automóveis e habitação, entre outros tipos. “A pesquisa tem por finalidade analisar o consumo atual e futuro das famílias. Nesse contexto, todos os fatores questionados servem como parâmetro em relação à capacidade de pagamento do presente ou do futuro dos consumidores, bem como auxilia a perceber o efeito do desemprego na economia e como ele reduz a capacidade de consumo, norteando também, os empresários sobre a rotatividade de matérias-primas, estoques e emprego em suas lojas”, avalia.
Em maio, em relação ao comprometimento da renda dos consumidores com dívidas, 23,6% consideram que estão demasiadamente endividados (uma redução de 1,6% ao registrado no mês anterior), 17,3% acreditam estar numa situação intermediária em relação aos seus salários e dívidas (redução de 6,99%), e 20,3% indicaram estar pouco endividado (uma queda de 6,88%). Nesse contexto, o percentual de entrevistados que não possuem dívidas aumentou em 9,37%, demonstrando que os consumidores estão mais contidos.
Mais dados
Assim como apontado em pesquisas anteriores, o maior responsável pela geração de dívidas financeiras é o cartão de crédito, que registrou um aumento em seu uso de 0,46% em relação a abril. Essa modalidade de pagamento representa 87,1% das dívidas dos consumidores maceioenses. Os carnês de loja vêm em seguida, representando 6,9% das dívidas contraídas. Em terceiro lugar ficou o serviço de financeiras, utilizado por 5,2% dos consumidores, enquanto os empréstimos pessoais representaram 4,4%.
Em relação aos consumidores inadimplentes, dos 19,2% que estão nessa situação, 60% informaram que não terão condições de pagar suas dívidas, mantendo-se nessa situação. Já os que indicaram que têm condições de pagar integralmente, podendo sair da inadimplência, representam 6,6%; um aumento de 53% em relação a abril. De acordo com a pesquisa, os consumidores levam, em média, 70,9 dias para resolver problemas de inadimplência.
Quando observado o tempo médio que os consumidores comprometem o orçamento com dívidas (parcelamentos), chega-se ao período de 6,7 meses. Para 30,8%, esse tempo é entre 3 e 6 meses. O comprometimento médio da sua renda em relação a obrigações está em 25,7%.
Em geral, os dados da pesquisa indicam que o comércio no mês de maio apresentou um volume baixo de vendas, corroborando com a pesquisa do Instituto Fecomércio AL as vendas no Dia das Mães, que apontou que 52% dos empresários venderam menos do que no ano passado.