Política

Renan diz que não há consenso no partido sobre a redação da Reforma Trabalhista

Por G1 30/05/2017 20h08
 Renan diz que não há consenso no partido sobre a redação da Reforma Trabalhista
O senador Romero Jucá (esq), o presidente Michel Temer (centro), o senador Renan Calheiros (segundo da direita para a esquerda) e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em encontro em 2016 - Foto: G1

Após participarem de uma reunião da bancada do PMDB do Senado, o líder do governo, Romero Jucá (RR), e o líder do partido, Renan Calheiros (AL), deram versões diferentes sobre o apoio dos senadores peemedebistas ao presidente Michel Temer.

Enquanto Jucá disse que a bancada aprovou uma "moção de apoio e solidariedade" a Temer, Renan afirmou que o apoio não foi "aferido" na reunião.

"Aprovamos por ampla maioria uma moção de apoio e de solidariedade ao presidente Michel Temer, exatamente para mostrar que o PMDB não tem grandes divergências quanto à posição do presidente", afirmou Jucá.

"Não discutimos essa perspectiva de se fazer um apoio incondicional ao presidente [...]. Essa manifestação não foi aferida na bancada", afirmou Renan.

O PMDB forma a maior bancada do Senado, com 22 parlamentares. Embora o partido seja o de Temer, alguns senadores têm feito oposição às propostas do governo. É o caso de Kátia Abreu (TO), Renan Calheiros (AL), Eduardo Braga (AM), Roberto Requião (PR) e Hélio José (DF).

Reforma trabalhista

Em entrevista, Renan e Jucá afirmaram que a maioria da bancada do PMDB se posicionou a favor da aprovação da reforma trabalhista.

Mas, segundo Renan, não há consenso no partido sobre a redação em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

"É evidente que há uma maioria na bancada com relação à aprovação da reforma trabalhista. Mas ela não é unânime. Muitos senadores mantêm a divergência", disse Renan.

Liderança do PMDB

Inicialmente, a reunião desta terça tinha como objetivo discutir a permanência de Renan no posto de líder do PMDB.

Após a reunião, os senadores afirmaram que Renan vai continuar na função, apesar das frequentes críticas às reformas propostas pelo governo.