Ana Amélia aceita ser vice de Alckmin, mas condiciona apoio a acertos no RS
Senadora do PP integrará chapa mesmo com desconfiança de seu partido e de outros do centrão
A senadora gaúcha Ana Amélia (PP), 73, aceitou na tarde desta quinta-feira (2) ser vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) para disputa pelo Palácio do Planalto. Porém, só confirmará a aliança depois que PSDB e PP se acertarem no Rio Grande do Sul.
PP e PSDB têm candidatos ao governo do estado. O deputado Luiz Carlos Heinze (PP), com apoio de DEM, PSC, Pros e PSL, enfrenta o ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB), com apoio de PHS, Rede, PTB, PPS e PRB?.
Heinze disse que está disposto a deixar a disputa para ser candidato ao Senado em uma composição entre as legendas, inclusive para a disputa proporcional. Ele disse também que deixaria de apoiar a candidatura presidencial Jair Bolsonaro (PSL) para apoiar Alckmin.
Aliados de Alckmin já comemoram a decisão da gaúcha, mas ela disse que a palavra final será do próprio candidato.
"A minha decisão depende desses acertos. Ele que vai falar sobre isso depois de fechar todos os acordos com o nosso partido", afirmou a senadora.
Ela havia sido procurada por Alckmin na quarta (1º) e, nesta quinta, pelo ex-presidente FHC.
Além da questão do estado, Ana Amélia analisou também seu estado de saúde. Ela foi internada nesta semana com uma crise de hipertensão.
Até o início desta semana, Ana Amélia descartava ser vice na chapa de Alckmin, mas disse que, agora, analisa a relevância do posto.
Ao longo do dia, o pré-candidato do PSDB e representantes do centrão —DEM, PP, PR, PRB e SD— negaram repetidamente que tivessem feito o convite à gaúcha.
Depois de ser rejeitado pelo empresário Josué Alencar (PR), Alckmin e seus aliados não queriam sofrer o desgaste de uma nova recusa.
O ex-governador de São Paulo se esforçava para chegar à convenção de seu partido, no sábado (4), já com o posto de vice definido.
O nome de Ana Amélia não é consenso em seu partido e também entre siglas do centrão. Embora Ciro Nogueira diga não haver veto à gaúcha, correligionários reconhecem a total falta de entrosamento entre a senadora e a cúpula do partido.
Aliados de Nogueira dizem haver preocupação com uma eventual perda de poder da ala nordestina do PP.
Além da presidência da legenda com o senador do Piauí, cabe ao paraibano Aguinaldo Ribeiro a liderança do governo na Câmara, e ao alagoano Arthur Lira a liderança do PP na Casa.
Outra preocupação é que, ao levar um quadro do partido para a Vice-Presidência, Alckmin queira diminuir o espaço que o PP tem hoje na Esplanada dos Ministérios.
Veja também
Últimas notícias
Batalhão de Choque é acionado para desobstruir a BR-104 após protesto por falta de água em Rio Largo
Bolsa supera os 162 mil pontos com dados de desaceleração da economia
Moraes manda exames de Bolsonaro para perícia da PF analisar
Após SBT negar ida de Flávio em programa, Ratinho confirma presença
Pesquisa da Flup mostra força da literatura nas periferias do Rio
Renan Filho autoriza R$ 481 milhões em investimentos na duplicação da BR-104/AL
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
