Política

“Não voto em Collor em nenhuma hipótese”, afirma Vilela

Nada discreto, Vilela reafirma ter sido contra a aliança com o PTC "desde o primeiro instante"

Por 7Segundos 06/08/2018 11h11
“Não voto em Collor em nenhuma hipótese”, afirma Vilela
Vilela quebra silêncio e diz não votar em Collor em - Foto: 7Segundos

Se torna oficial a informação de bastidor de que o nome do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTC) não é unanimidade entre os tucanos. De modo nada discreto, o ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) divulgou nota no Facebook informando categoricamente não votar em Collor em "nenhuma hipótese".

Ainda em nota, Vilela diz entender a decisão de Rui Palmeira - prefeito de Maceió e presidente da legenda em Alagoas - em nome da “necessidade de uma coligação eleitoral viável”, mas declara apoio somente as candidaturas de Rodrigo Cunha (PSDB), candidato ao Senado e de Geraldo Alckmin, presidenciável do partido.

Vilela relata que desde o primeiro instante foi contra a aliança do PSDB e do PTC e chama de impositiva o modo como se deu a aproximação entre os partidos para o pleito 2018. Sem um cabeça na chapa pela corrida eleitoral em Alagoas, o PSDB ainda acumula insatisfação dentro do partido quanto ao vice de Collor, o presidente da Câmara Kelman Viveira.

Com Collor como candidato do partido a vinda de Alckmin para Alagoas durante campanha é incerta, quase nula. A desistência de Rui Palmeira ao cargo de Executivo causou um racha dos tucanos com o PP, dentro do partido, e indicação de Collor afunda de vez as chances de PSDB de ter uma candidatura satisfatória. Mesmo com o surgimento de Collor, as chances de Renan Filho (MDB) vencer por ‘WO’ ainda são imensas.

Leia nota de Vilela na íntegra:

Desde o primeiro instante, manifestei minha posição contrária a aliança do PSDB com o PTC de Collor, sobretudo pela forma impositiva como ela ocorreu. Os meus correligionários sabem que não voto em Collor em nenhuma hipótese. Entendo, também, que o presidente Rui Palmeira, líder do nosso partido, não poderia deixar de atender à necessidade de uma coligação eleitoral viável para os nossos candidatos à Assembleia Legislativa. Continuarei trabalhando firme para elegermos as nossas candidaturas na eleição deste ano, as proporcionais, a de Rodrigo Cunha ao Senado e a de Geraldo Alckmin à presidência do Brasil.