México deve criar comissão para apurar desaparecimento de estudantes

O presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, prometeu nesta quarta-feira (26) criar uma comissão da verdade para investigar o desaparecimento de 43 estudantes de uma escola de Ayotzinapa em 2014, um dos crimes que mais abalaram o país nos últimos anos.
Um tribunal colegiado de Tamaulipas ordenou, em junho, a criação da comissão por considerar que a investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) não foi eficaz e imparcial, mas outro órgão judicial do país paralisou a medida após a PGR ter alegado impossibilidade de acatar a sentença inicial.
Após uma reunião com os pais dos alunos desaparecidos, o presidente eleito do México afirmou que pedirá à Justiça para criar uma comissão da verdade para investigar o caso. “Vamos solicitar à Justiça, com todo respeito, porque se trata de um poder independente, que reafirme a sentença para que possamos constituir uma comissão de investigação”, afirmou López Obrador.
“Com ou sem a sentença, a comissão da verdade realizará seu trabalho. Isso representa uma luz de esperança para nós”, afirmou María Elena Guerrero, mãe de um dos desaparecidos.
López Obrador também se comprometeu a garantir que o governo do México não dificulte as investigações e a permitir que organizações internacionais de direitos humanos acompanhem os trabalhos de apuração para esclarecer o que de fato ocorreu com os estudantes.
“Será todo um conjunto (de medidas) para sabermos de verdade onde estão nossos filhos. Como vítimas, temos direito à verdade”, afirmou Elena Guerrero, acompanhada de outros pais de alunos da escola.
Segundo a versão do atual governo do México, os estudantes foram capturados no dia 26 de setembro de 2014 no município de Iguala por policiais corruptos. Eles entregaram os alunos a um grupo criminoso que os assassinou e queimou os corpos em um aterro sanitário.
No entanto, o resultado das investigações foi criticado por especialistas internacionais, que apontam irregularidades cometidas pelas autoridades mexicanas na condução do caso. Um dos pontos questionados é a impossibilidade física de os 43 corpos serem incinerados no aterro. Com informações da Agência Brasil.
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