Haddad evita falar sobre discurso de centro e "bênção" de Renan Calheiros

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, não quis comentar a adoção de um discurso mais ao centro político e a associação ao senador alagoano Renan Calheiros (MDB) feita por Marina Silva (Rede) no debate promovido nesta quarta-feira (26) por UOL, Folha de S. Paulo e SBT.
"Eu não entendo muito bem essa pergunta, porque nosso discurso é bastante tranquilo", disse Haddad ao responder se estava adotando um discurso de centro para ampliar seu eleitorado.
O petista também desviou de pergunta sobre a crítica feita por Marina de que recebeu "bênção" do senador e candidato a reeleição Renan Calheiros (MDB).
"Já debati ali, fica ruim debater com você o que eu debati com ela. Não seria elegante da minha parte", declarou. Recentemente, Haddad esteve em Alagoas, onde posou para fotos com Renan e o filho dele, Renan Filho, governador do estado e também candidato à reeleição. Renan Calheiros votou favoravelmente ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016.
Haddad também não quis dar destaque para a declaração dada por Ciro Gomes durante o debate de que não governaria com o PT, e afirmou que vai buscar o apoio do candidato do PDT em um eventual segundo turno.
"Vou, lógico que vou", disse. "Essas coisas mudam".
Fernando Haddad tem adotado um discurso de moderação, buscando se apresentar como defensor da democracia em oposição ao autoritarismo que seria representado por Jair Bolsonaro (PSL). O petista também tem feito acenos aos indecisos e já disse em entrevistas que não quer fazer ataques pessoais durante a campanha eleitoral para se dedicar a falar de propostas.
Desde que foi formalizado como candidato do PT no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 11, Haddad avançou nas pesquisas de intenção de voto e está em segundo lugar, atrás de Bolsonaro, na pesquisa Ibope divulgada hoje.
Candidato diz lamentar decisão sobre biometria
Haddad também foi questionado pela imprensa sobre a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que manteve o cancelamento de mais de 3 milhões de títulos de eleitores que não fizeram biometria em locais onde ela era obrigatória. Ele afirmou não saber avaliar ainda se isso teria impacto sobre a votação no PT em redutos de apoio ao partido, como a região Nordeste.
"Lamento muito, porque muitas vezes a responsabilidade não foi do eleitor", disse.
Haddad disse simpatizar com "uma liberalidade" que permitisse o voto desses eleitores mediante uma justificativa. "Cassar voto é uma coisa muito penosa", declarou.
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