Gestores da assistência social discutem combate ao trabalho infantil no verão
Encontro definiu estratégias que serão adotadas durante o período em que há maior fluxo de turistas no Estado

Gestores de 21 municípios alagoanos que registram aumento de situação de trabalho infantil durante o verão, se reuniram nesta quarta-feira (5) na Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social (Seades) para definir as estratégias que serão adotadas até fevereiro, período com maior concentração de fluxo turístico nessas cidades.
A pasta da Assistência Social, com apoio do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (Fetipat/AL) e Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), articulou a campanha “No verão, trabalho infantil não!”, para que os municípios litorâneos e ribeirinhos orientem a população local e os turistas sobre os prejuízos que essa prática traz à vida de crianças e adolescentes.
Entre as estratégias de atuação previstas está a fiscalização, em locais de grande aglomeração de pessoas, além da prevenção por meio de panfletagem e abordagem feita por técnicos municipais. Em caso de constatação de situação de trabalho infantil, a população será orientada a procurar uma autoridade policial no local ou formalizar a denúncia pelo Disque 100. Há ainda os aplicativos para smartphones Proteja Brasil e MPT Pardal. Em todos os casos, a denúncia é registrada e encaminhada ao órgão responsável.
A superintendente de Assistência Social da Seades, Elis Correia, afirma que o trabalho infantil é uma realidade que não se restringe apenas a grandes cidades. Para ela, a falta de consciência das famílias sobre o limite entre a atividade aceitável e a exploração do trabalho infantil, torna mais difícil a identificação da maioria dos casos.
“Estamos orientando os municípios para que façam esse trabalho de conscientização da população, porque isso é algo que tem começar em casa, nos lares dessas famílias que enxergam no verão uma possibilidade de renda extra e, para isso, acabam colocando em risco a saúde do filho. A continuidade da exploração do trabalho infantil pode alimentar um ciclo difícil de quebrar”, ressaltou.
O trabalho infantil nas praias é considerado uma das piores formas, de acordo com classificação adotada por vários países para definir as tarefas que mais trazem riscos à saúde, ao desenvolvimento e à moral das crianças e dos adolescentes, determinadas pela Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP).
Veja também
Últimas notícias

Quase 1.500 famílias de AL terão que devolver Auxílio Emergencial pago indevidamente

Babá assassinada em Maceió havia começado a trabalhar na casa há apenas cinco dias; DHPP investiga

Secretaria do Trabalho oferta 2.777 vagas de emprego esta semana no Sine Alagoas

Novo protocolo permite detecção de metanol em bebidas

Homem agride e arrasta mulher pela casa porque o almoço não estava pronto em Arapiraca

Em 5 meses, serial killer presa no Rio matou o namorado e mais 3 pessoas
Vídeos e noticias mais lidas

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca

Policiais militares são presos por extorsão na parte alta de Maceió
