?Presidente do TJ e Fecomércio discutem situação dos comerciantes do Pinheiro
Segundo dados da entidade, houve perda de faturamento em 95% das empresas localizadas no bairro
A situação dos comerciantes do Pinheiro foi tema de reunião entre o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e a Federação do Comércio (Fecomércio/AL), nesta quarta (29). Segundo dados da entidade, o bairro tem 3.600 empresas com o CNPJ ativo e 95% delas já indicaram perda no faturamento por conta dos problemas na região, provocados pelas atividades da Braskem.
“A maioria teve perda de 64% no seu faturamento quando a gente compara janeiro de 2019 com janeiro do ano passado. É uma perda significativa, mais da metade do faturamento da empresa”, disse o assessor econômico da Fecomércio/AL, Felippe Rocha.
De acordo com o assessor, as pessoas têm evitado fazer compras ou passar pelo bairro. “Os próprios moradores, uma parte, se mudou. Então, a gente tem uma diminuição na demanda local e na demanda de quem transita por lá”.
A crise, explicou Felippe Rocha, tem levado a demissões. Cerca de 33% das empresas já demitiram por conta da situação que estão vivendo.
Na avaliação do presidente do TJAL, Tutmés Airan, resolver a situação dos comerciantes será um desafio. “Temos dois grandes desafios: o primeiro é tentar encontrar uma solução que atenda as pessoas físicas, os moradores da encosta do Mutange e dos bairros do Pinheiro e Bebedouro. O segundo é como fazer para tratar o problema do pequeno e médio comerciante, que é uma coisa mais difícil de construir a saída alternativa, porque você precisa quantificar o prejuízo dessas pessoas. A gente vai negociar com a Braskem e tentar encontrar uma solução razoável”, disse o desembargador.