Saúde

Após encontro com Bolsonaro, Conselho de Medicina autoriza hidroxicloroquina no início da Covid-19

O próprio presidente da entidade disse que não há evidência científica forte que sustente o uso da droga para a doença

Por G1 23/04/2020 16h04
Após encontro com Bolsonaro, Conselho de Medicina autoriza hidroxicloroquina no início da Covid-19
O presidente do CFM, Mauro Luiz Ribeiro, deu entrevista no Palácio do Planalto após reunião com o presidente Jair Bolsonaro - Foto: Guilherme Mazui/G1

O Conselho Federal de Medicina (CFM) teve uma reunião nesta quinta-feira (23) no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro e disse que não recomenda o uso da hidroxicloroquina para pacientes em tratamento de covid-19. O órgão afirmou, no entanto, que decidiu liberar os médicos a receitarem o remédio em três casos específicos:

Quando o paciente está em estado crítico, internado em terapia intensiva, com lesão pulmonar estabelecida. A hidroxicloroquina pode ser usada pelos médicos "por compaixão". Isso ocorre quando o paciente já está fora de possibilidade terapêutica e o médico, com autorização da família, utiliza a substância;

Quando o paciente, com sintomas da covid-19, chega ao hospital. Existe um momento de replicação viral em que a droga pode ser usada pelo médico com autorização do paciente e familiares;

Quando o paciente tem sintomas leves, parecidos com o da gripe comum. Nesse caso, o médico pode usar a hidroxicloroquina, descartando a possibilidade de que o paciente tenha: influenza A ou B, dengue, ou H1N1. Também nesse caso, a decisão deve ser compartilhada com o paciente.

"O Conselho Federal de Medicina não recomenda o uso da hidroxicloroquina. O que estamos fazendo é dando ao médico brasileiro o direito de, junto com seu paciente, em decisão compartilhada com seu paciente, utilizar essa droga. Uma autorização. Não é recomendação", disse o presidente do CFM, Mauro Luiz de Britto Ribeiro.

Estudo mostra aumento expressivo de internações por síndromes respiratórias e indica subnotificação da covid-19

A hidroxicloroquina já é usada no tratamento da malária (veja mais abaixo detalhes sobre o medicamento). O presidente Jair Bolsonaro é um defensor do uso para covid-19. O tema foi um dos motivos de divergência que pesaram na demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta

O Conselho Federal de Medicina (CFM) teve uma reunião nesta quinta-feira (23) no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro e disse que não recomenda o uso da hidroxicloroquina para pacientes em tratamento de covid-19. O órgão afirmou, no entanto, que decidiu liberar os médicos a receitarem o remédio em três casos específicos:

Quando o paciente está em estado crítico, internado em terapia intensiva, com lesão pulmonar estabelecida. A hidroxicloroquina pode ser usada pelos médicos "por compaixão". Isso ocorre quando o paciente já está fora de possibilidade terapêutica e o médico, com autorização da família, utiliza a substância;

Quando o paciente, com sintomas da covid-19, chega ao hospital. Existe um momento de replicação viral em que a droga pode ser usada pelo médico com autorização do paciente e familiares;

Quando o paciente tem sintomas leves, parecidos com o da gripe comum. Nesse caso, o médico pode usar a hidroxicloroquina, descartando a possibilidade de que o paciente tenha: influenza A ou B, dengue, ou H1N1. Também nesse caso, a decisão deve ser compartilhada com o paciente.

"O Conselho Federal de Medicina não recomenda o uso da hidroxicloroquina. O que estamos fazendo é dando ao médico brasileiro o direito de, junto com seu paciente, em decisão compartilhada com seu paciente, utilizar essa droga. Uma autorização. Não é recomendação", disse o presidente do CFM, Mauro Luiz de Britto Ribeiro.

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A hidroxicloroquina já é usada no tratamento da malária (veja mais abaixo detalhes sobre o medicamento). O presidente Jair Bolsonaro é um defensor do uso para covid-19. O tema foi um dos motivos de divergência que pesaram na demissão do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.