Collor explica que pandemia salvou Bolsonaro de um impeachment
Senador comentou que presidente tem mandado emissários para Supremo e Congresso
O senador alagoano, Fernando Collor, foi um dos entrevistados da emissora CNN Brasil na tarde desta sexta-feira (10). Na oportunidade, o político comentou o governo de Jair Bolsonaro e disse que a pandemia salvou o chefe do Executivo nacional de um impeachment.
Collor refletiu que as escolhas presidenciais precisam ser focadas em visões globais e não ideológicas. “Estamos em um país dividido em duas facções”.
Para o senador, Bolsonaro está nas últimas semanas dando uma “trégua” em suas rixas pessoais. “Vivemos um conflito institucional de proporções que não tínhamos como avaliar onde iria parar. Ele está baixando o tom após vermos participações suas em manifestações antidemocráticas”.
Ele confirmou que Bolsonaro está mandando emissários para o Supremo Tribunal Federal (STF), Câmara e Senado para amenizar a tensão.
Também expôs que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tem 30 pedidos de saída do presidente, mas que a pandemia deu outro foco ao Congresso. “Não vejo ambiente e clima. Temos que salvar vidas”.
Collor disse que o presidente está ganhando tempo com essas “conversas” e a maioria dos deputados e senadores possuem a tendência a não aceitar um impeachment.
O tema Fabrício Queiroz também entrou no assunto. “Um constrangimento já que se trata de uma pessoa próxima à família”. O ex-presidente disse que é preciso aguardar os resultados das investigações.
Como investigado da Operação Lava-Jato, alfinetou Sérgio Moro, os procuradores da república de Curitiba e a gestão da AGU na época das investigações. “Se achavam os donos do mundo”.
Sobre as próximas eleições presidenciais, o senador disse que ainda é um “tempo longo” ate o pleito.
“Vem sendo um ano e sete meses de conflitos institucionais, gerados pelo próprio Poder Executivo. De alguém que foi eleito para unir a sociedade, o povo. Temos que ver primeiro como vamos sair dessa pandemia”, colocou.