Ações da Braskem disparam com anúncio de venda
A Odebrecht detém 38,3% do capital total
A Odebrecht anunciou ao mercado na sexta (07) à noite que iria retomar o processo de venda da Braskem, o que despertou o interesse de investidores neste início de semana.
As ações preferenciais da Braskem estão entre as maiores altas desta segunda-feira (10) no Ibovespa. A valorização do papel estava próxima a 6% às 12h51 (+6,12%).
A Odebrecht detém 38,3% do capital total e o equivalente a 50,1% do capital votante.
O dinheiro obtido com a venda da Braskem, caso a operação seja bem-sucedida, deve ser utilizado em parte para pagar credores da Odebrecht. A dívida estimada da empreiteira é de cerca de R$ 100 bilhões, mas a companhia se comprometeu a pagar R$ 54 bilhões em 30 anos.
A Petrobras, segunda maior acionista da petroquímica, já havia manifestado interesse anteriormente em se desfazer de sua participação, que é de 36,1% do capital total e 47% do capital com direito a voto.
Na semana passada, a revista Valor Econômico detalhou que os gastos estimados pela Braskem com o problema geológico em Maceió (AL), que foi associado à mineração de sal-gema da petroquímica, subiram a R$ 5 bilhões e devem continuar em ascensão.
A mineração de sal-gema (sal usado na produção de dicloroetano, que é base do PVC) da Braskem foi relacionada, pela CPRM, ao afundamento do solo nos quatro bairros de Maceió.
No ano passado, a Braskem encerrou a atividade nas minas mas, de lá para cá, conforme o geólogo, houve intensificação do processo de fratura em algumas áreas.