Endividamento alcança 219 mil maceioenses
Na variação anual, o aumento no número geral de consumidores com dívidas foi de 13,31%

Em fevereiro e durante todo o isolamento social, o endividamento geral do consumidor de Maceió vem apresentando crescimento, segundo a Pesquisa de Endividamento do Consumidor (PEIC), realizada pelo Instituto Fecomércio AL em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O levantamento de julho aponta alta de 0,5 pontos percentuais (p.p.), o equivalente a uma variação absoluta de 0,8%.
Esse aumento acrescenta 1.750 consumidores ao grupo endividados, totalizando 219 mil pessoas em julho. “Contudo, ao contrário do que vinha acontecendo desde abril, quando o endividamento estava atrelado à redução das pessoas com contas em atraso e inadimplentes, em julho foi marcado por uma alta generalizada”, observa Felippe Rocha, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL). Com isso, houve crescimento de 1,57% entre os consumidores com contas em atraso, chegando a 92.850 pessoas nessa situação, enquanto o volume de inadimplentes cresceu 5,4% na variação mensal.
Na variação anual, o aumento no número geral de endividados foi de 13,31%, refletindo no subindicador de contas em atraso, que teve alta de 22,71%, e de inadimplência, com elevação de 5,92%. Como a taxa média brasileira de endividamento das capitais foi de 69%, em julho, podemos perceber que a capital alagoana está 3,5 pontos percentuais acima do nível das outras cidades do país.
“O motivo do endividamento é o mais conhecido possível: devido à facilidade para adquirir crédito pré-aprovado em cartões, os cidadãos estão em suas mãos com um meio de empréstimo fácil. O uso do cartão de crédito foi responsável por 92,7% dos motivos do endividamento”, afirma o economista. Outras formas mais utilizadas na aquisição de crédito foram os carnês de lojas (21,2%) e o empréstimo pessoal (7,2%). Vale lembrar que os cidadãos podem marcar mais de uma opção, então não há necessidade de fechar em 100%.
Dentre os 92 mil que estão atrasando suas contas, para 42,4% ainda existe outro membro familiar residente na mesma moradia que também encontra dificuldades de fechar seus pagamentos em dia. Para 57,6%, apenas ele ou ela estão nessa situação. O tempo em que esses consumidores passam sem pagar suas dívidas é, em média, de 74,7 dias.
Já para os 53 mil inadimplentes, apenas 9,5% indicaram que terão possibilidade de quitar integralmente suas dívidas e sair dessa condição. Outros 17,6% informaram que pagarão parcialmente e, por isso, vão renegociar. Para 58% não haverá possibilidade de renegociação e permanecerão na condição de inadimplência. No geral, os endividados estão passando, em média, cerca de 6,4 meses mantendo dívidas e comprometendo 28,3% da sua renda.
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