Polícia

Operação 5º Ato: STF determina o bloqueio R$ 1,1 milhão de Fernando Collor

PF fez busca e apreensão na residência do senador alagoano

Por 7Segundos 23/10/2020 08h08 - Atualizado em 23/10/2020 09h09
Operação 5º Ato: STF determina o bloqueio R$ 1,1 milhão de Fernando Collor
O senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) - Foto: Foto: Dida Sampaio/Estadão

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na última quarta-feira (21), o bloqueio e sequestro de R$ 1,1 milhão das contas do senador alagoano Fernando Collor (PROS-AL) na operação 5º Ato da Polícia Federal. As informações são da TV Globo.

A operação cumpriu um mandado de busca e apreensão em um endereço ligado a Collor, em São Paulo. A investigação apurou suposta ingerência política  do senador junto ao Ibama para atender interesses do empresário João Carlos Ribeiro na instalação do Porto Pontal do Paraná.

Em uma rede social, Collor escreveu: "Fui surpreendido hoje com este ato inusitado. Fizeram busca e nada apreenderam, até porque não tinha o que ser apreendido. Vou tentar apurar a razão deste fato de que fui vítima. Nada tenho a temer. Minha consciência está tranquila".

Se colocando como vítima, o senador alagoano disse que vai em busca da apuração do fato do fato. Ele acredita que a sua interação nas redes sociais pode ser um dos fatores de motivação. “Tudo isso para que eu pare de interagir nas redes. A única visita que recebi hoje foi a do jardineiro. Como estava em Maceió e o jardim da Dinda já precisava ser capinado, ele foi lá deixar tudo em ordem”, ponderou.

Por fim, Collor afirmou que não cessará suas intervenções nas redes sociais. “Não adianta! Não consigo parar de interagir com vocês”, concluiu.

“OPERAÇÃO 5ºATO”

Por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), foram expedidos 12 mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados, além do bloqueio de valores financeiros. O senador Fernando Collor foi um dos alvos.

A ação nomeada '5ª Ato' tem como objetivo desvendar um esquema criminoso ocorrido entre os anos 2014 e 2015, envolvendo o pagamento de propina para fins de intervenção no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), visando a liberação da licença ambiental do Porto Pontal Paraná.