Mãe paga R$ 13 mil por ‘exorcismo’ da filha antes de ser decapitada por ela
Rita Camilleri, de 57 anos, foi esfaqueada mais de 100 vezes pela filha na Austrália.
Uma mãe desesperada pagou mais de US$ 2500 (mais de R$ 13 mil) para que uma “comunicadora espiritual” retirasse um “demônio” da filha. Apesar do pagamento, os serviços prometidos não foram realizados. A vítima, identificada como Rita Camilleri, foi morta com mais de 100 facadas, esquartejada e decapitada, em 2019, na Austrália. No julgamento, a filha suspeita, Jessica, se declarou inocente e afirmou que possui transtorno mental.
Uma amiga e a outra filha da vítima disseram no tribunal que a “comunicadora espiritual” cobrou US$ 5 mil para fazer o trabalho de tirar o demônio da filha da mulher de 57 anos.
“Ela [Rita] pagou US$ 2.500, mas nunca recebeu nenhum serviço. Acredito que ela estava desesperada por algo para ajudar”, contou a filha e amiga, ponderando que os serviços prometidos não foram realizados.
Ainda no tribunal foi informado pela procuradoria que Jessica, que hoje tem 27 anos, gostava de filmes de terror incluindo a franquia de filmes “Jeepers Creepers” (2001), que é baseado em uma criatura demoníaca que come carne e devora pessoas como forma de substituir as partes do corpo dela.
O crime aconteceu em 21 de julho do ano passado no oeste de Sydney, na Austrália, e segundo o promotor Tony McCarthy, a cabeça decapitada de Rita foi encontrada em trilha perto da casa dela. Enquanto as outras partes do corpo que foram esquartejadas, como a ponta do nariz, foram encontradas no chão da cozinha da residência.
Diante da juíza Helen Wilson foi explicado que Jessica teria esfaqueado a própria mãe mais de 100 vezes enquanto dizia: “Continuei esfaqueando, esfaqueando e esfaqueando, arrancando sua cabeça”, informou o site News.Au.
O promotor ainda afirmou que a jovem tinha “uma longa história de agressão a pessoas” e sua mãe, Rita, tinha se tornado “excessivamente protetora e defensiva” para cuidar da filha. Além disso, Jessica já tinha ameaçado membros da família e pessoas aleatórias por telefone. Entre os ataques estavam as ameaças de cortar a cabeça das pessoas com uma faca.
Após o ataque, Jessica chamou a emergência e alegou agir em “legítima defesa”. Quando o socorro chegou ao local, encontrou a jovem na rua em frente de casa, coberta de sangue e segurando uma garrafa de água nas mãos. Ela ainda contou que sua mãe teria a agarrado pelos cabelos dentro de casa e tentou esfaqueá-la primeiro.
Nathan Steel, advogado de defesa de Jessica, solicitou que o júri deixar a emoção de lado e decidir o caso com base nas evidências. “Devido aos efeitos de suas condições mentais, ela tinha uma capacidade prejudicada no momento dos eventos”, informou o advogado.
A irmã de Jéssica confirmou ao tribunal que a jovem tinha sido diagnosticada com distúrbios mentais, incluindo dislexia e Transtorno de Déficit de Atenção, e havia sido intimidada por outros alunos na escola quando estudava. Além disso foi informado que o comportamento de Jessica mudou após o pai dela sair de casa pois ele “tinha controle sobre ela e [cobrava] disciplina [dela]”.
A estimativa é que o julgamento da mulher continue por mais cinco dias e ela pode ser condenada pelos crimes.