Patrulha Maria da Penha já efetuou mais de 60 prisões em Maceió
Detenções ocorreram por ameaça, lesão corporal e descumprimento de medidas protetiva
Em quase três anos de atuação na capital, a Patrulha Maria da Penha já efetuou 62 prisões por ameaça, lesão corporal e descumprimento de medidas protetivas concedidas a vítimas de violência doméstica. Mais da metade dessas prisões, 36, ocorreu só no ano passado.
De acordo com a major Danielli Assunção, que coordena a Patrulha em Maceió, a pandemia aumentou os casos de violência contra as mulheres. Neste ano, já foram efetuadas duas prisões, sendo uma por descumprimento de medida protetiva e outra por lesão corporal dolosa.
"Geralmente as medidas impõem distanciamento de 500 metros entre vítima e agressor, mas ele se aproxima mesmo assim, achando que não estamos atentos, monitorando. Estamos 24 horas acompanhando", afirmou a major.
A coordenadora explicou que as mulheres sob proteção da Patrulha comunicam quando o agressor desrespeita o distanciamento. "Elas sabem o telefone da Patrulha. Às vezes um vizinho faz algum comentário, dizendo que viu o agressor perto da casa da vítima. No caso de descumprimento, estamos prontos para atuar".
É o Juizado da Mulher da Capital que encaminha as vítimas para proteção da Patrulha. Desde abril de 2018, 654 mulheres já foram direcionadas ao programa. Desse total, 344 ainda estão sob proteção. As outras 310 tiveram as suas medidas encerradas.
Para o juiz Paulo Zacarias, titular do Juizado, a Patrulha é um importante instrumento de proteção às mulheres. "Ela veio para fortalecer a Lei Maria da Penha, fortalecer as medidas protetivas. O trabalho é louvável", completou.