Em novo recorde, média de mortes por Covid-19 no Brasil chega a 1.353
O indicador de óbitos a cada 24 horas sofreu acréscimo de 30%, em comparação com o verificado há 14 dias
A média móvel de óbitos em decorrência da Covid-19 no Brasil bateu recorde pelo oitavo dia consecutivo, e chegou a 1.353 nesta quinta-feira (4/3). É o número mais alto desde o início da pandemia. O indicador, em comparação com o verificado há 14 dias, sofreu acréscimo de 30%, demonstrando avanço da doença.
Em números absolutos, o país registrou 1.699 óbitos causados pela Covid-19. Em relação aos infectados, foram 75.102 nas últimas 24h. Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No total, o Brasil já perdeu 260.910 vidas para a doença e computou 10.793.732 casos de contaminação.
Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás.
Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas em relação à evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.
Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, e se baseiam nos relatórios repassados pelo Ministério da Saúde. Essas informações também alimentam o painel interativo com notícias sobre a pandemia desde o primeiro caso da doença registrado no país.
Média móvel
Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem apresentar variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.
Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete. O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.