O governador Renan Filho (MDB) falou, durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (11), sobre as tratativas para a compra de vacinas Sputnik V. De início, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou com condicionantes a importação de 1% das vacinas, fabricadas na Rússia, pelo Instituto Gamaleya.

"Nós estamos finalizando as tratativas com o Fundo Soberano Russo e com o laboratório que produziu as vacinas na Rússia, porque as recomendações da Anvisa estabelecem responsabilidades para eles também. A reunião aconteceu ontem. Hoje, depois do almoço, vão reportar a mim como foi a reunião com os representantes dos outros estados do Nordeste para a gente verificar como tá o andamento", informou o governador.

Os condicionantes foram interpostos devido à falta de documentação e dados que demonstrem o controle necessário de qualidade das fórmulas. Estados solicitantes e o Ministério da Saúde deverão disponibilizar às unidades de saúde as informações de rótulos e bulas que sejam importantes para o uso correto do produto, no idioma português. Os Estados deverão suspender a importação, distribuição e uso caso a Anvisa ou a Organização Mundial da Saúde (OMS) reprovem o uso emergencial dessas vacinas.

"A Anvisa estabeleceu muitas recomendações, o que está dificultando o caminho. E eu espero que essas recomendações, tão amplas, não se deem justamente porque a Anvisa não quer que a gente vacine as pessoas. Essa é a grande sensação que a gente tem no Brasil, porque não compararam as vacinas da Pfizer, ficaram contra as vacinas do Butantan, porque agrediram a China o tempo inteiro e agora estabelecem uma série de condicionantes pra que os estados possam ampliar a vacinação. Alagoas quer comprar vacina e o que o nosso povo quer é ser imunizado, de maneira mais ampla possível", completou o chefe do Executivo estadual.