Polícia

Morte de PM, que teria sofrido surto, pode começar a ser investigada nesta quarta-feira (13)

Sargento Alessandro Oleszko morreu na última segunda-feira (11), no HGE

Por 7Segundos com TV Ponta Verde 13/10/2021 15h03 - Atualizado em 13/10/2021 17h05
Morte de PM, que teria sofrido surto, pode começar a ser investigada nesta quarta-feira (13)
Sargento Alessandro Oleszko - Foto: Reprodução

A morte do sargento Alessandro Oleszko vai começar a ser investigada. De acordo com o presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos, Magno Alexandre Moura, o procedimento administrativo para as investigações pode ser aberto ainda nesta quarta-feira (13).

Segundo Magno, ainda há indagações que estão sem resposta, a exemplo da utilização de armas letais para conter o sargento. “Por que não se utilizou o spray de pimenta? Por que não se utilizou a taser?”, questionou o presidente.

Ele frisou que, nesses tipos de abordagem, é comum o procedimento de uso proporcional da força, que começaria por uma arma não letal, para só então chegar a uma letal.

Magno também falou da importância que as câmeras corporais teriam para as investigações. “Se estivessem usando a câmera corporal, que gravam imagem e som, nós não estaríamos com tantas dúvidas para serem apuradas, até mesmo na reconstituição dos fatos”, disse.

O procedimento ainda deve analisar o afastamento do sargento, que, segundo Magno, aconteceu por questões de saúde e psicológica. “Por isso que o procedimento precisa ser aberto, para apurar se ele foi submetido a tratamento psicológico pela própria corporação, para verificar a viabilidade de ele usar, ou não, arma de fogo e também dar a assistência necessária ao policial militar”.

Relembre o caso

Na última segunda-feira (11), militares foram à casa do sargento Alexandre Oleszko, de 45 anos, por conta de uma denúncia de que ele teria realizado disparos de arma de fogo contra uma residência no bairro de Guaxuma.

De acordo com o relato dos policiais, Oleszko teve de ser contido por conta de um surto. O sargento foi baleado na perna pelos agentes, que acabou atingindo a via femoral. Ele passou por cirurgia no Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu.

O sargento deixou uma bebê de dois meses, um filho de seis anos, três filhas do primeiro casamento e a esposa, que também é militar.