Agricultura

Emater celebra 11 anos de história de sucesso na assistência técnica e extensão rural em Alagoas

Ao todo, são 35 mil produtores atendidos e 5.040 assistidos em mais de 80% dos municípios alagoanos

Por Ascom Emater 01/12/2022 18h06
Emater celebra 11 anos de história de sucesso na assistência técnica e extensão rural em Alagoas
Emater celebra 11 anos de história de sucesso na assistência técnica e extensão rural em Alagoas - Foto: Ascom Emater

1º de dezembro de 2011. Neste dia o Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável (Emater) foi recriado por parte do Governo de Alagoas, com o intuito de ampliar as ações de assistência técnica e extensão rural no estado. Hoje, a Emater conta com 74 extensionistas, entre zootecnistas, engenheiros agrônomos, médicos veterinários, assistentes sociais e técnicos agrícolas ou agropecuários.

Seja com o Programa Alimenta Brasil (PAB), antigo PAA, com o Projeto Dom Helder Câmara ou o de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, o Instituto se faz presente na vida do agricultor familiar alagoano, sempre buscando reduzir a pobreza por meio do desenvolvimento rural sustentável.

Ao todo, são 35 mil produtores atendidos e 5.040 assistidos em mais de 80% dos municípios alagoanos. A Emater realiza, em média, mais de 175 mil atendimentos por ano, se fazendo presente em todas as regiões de Alagoas, com escritórios no Agreste, Sertão, Baixo São Francisco, Litoral Norte, Zona da Mata e Região Metropolitana.

Dentre esse público, são cerca de 100 organizações sociais atendidas, entre agricultores familiares, assentados da reforma agrária, quilombolas, indígenas e mulheres produtoras, além de cooperativas.

Extensionista há quase 30 anos, o presidente Moisés Leandro da Silva ressaltou a importância do compromisso selado com os produtores alagoanos, que dependem dos serviços de ATER, afirmando que o serviço público de qualidade é a marca da Emater.

“O desenvolvimento, vocacionado a partir das potencialidades do Estado, passa necessariamente pelo fortalecimento dinamizado a cada dia pelo conhecimento técnico e pela inovação tecnológica. Assim, superamos os desafios que envolvem os homens e mulheres, representantes dos 89 mil estabelecimentos de agricultores familiares em Alagoas, para colocar no mercado produtos de alto padrão com oferta constante e a preços acessíveis”, pontuou.

Para a superintendente de ATER, Rita de Cássia, a tarefa diária de levar os serviços ao campo passa pelos três princípios básicos que norteiam a política nacional da área: qualidade, quantidade e continuidade. “Com isso, fazemos com que os produtores acessem as políticas públicas voltadas para ele, como o PAB, o Crédito Rural orientado e, hoje, o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), que serve como porta de entrada para o recebimento de recursos de todos os programas”.

Melhoria de renda e na qualidade de vida


Ao longo da última década, a assistência fornecida pela Emater possibilitou que vários pequenos produtores tivessem aumento na renda familiar, fazendo com que subissem a um patamar antes apenas imaginado, mas que se tornou realidade. “Quando o agricultor tem o acesso aos projetos do governo, ele tem melhoria de renda e da qualidade de vida”, sintetizou Rita.

Para citar um desses exemplos, temos o pescador artesanal, o quilombola Cícero Moreira, ou, como prefere ser chamado, “Gôbeu”. Casado e com seis filhos, a renda dele se baseava no dinheiro que recebia do Bolsa Família e da captura de camarão no Rio São Francisco.

Gôbeu morava em uma casa de taipo no Povoado Cruz, em Delmiro Gouveia, e, em 2017, começou a receber assistência da Emater. Antes, tinha um faturamento mensal de R$ 200. Mas por meio do programa Fomento Semiárido, conseguiu investir na exploração do camarão, triplicando o potencial de captura e ampliando a comercialização.

O resultado não poderia ser outro, a renda familiar cresceu 500%, chegando a um valor mensal de R$ 1.200. O aumento dos lucros possibilitou que a família construísse uma casa de alvenaria, que trouxe mais conforto e segurança que a residência anterior.

“Antes, nós não tínhamos muita expectativa de mudança, a pesca era muito pouca e vivíamos em uma situação difícil. Hoje, a vida melhorou demais, sempre temos o que pescar, o que comer e podemos honrar nossas contas. Nossa casa nos deixa protegidos contra insetos e bichos e podemos dormir sossegados e confortáveis”, relatou.