Dólar cai após ata do Copom e estímulos econômicos da China; Ibovespa fecha em alta
Divisa americana foi a R$ 5,46 no pregão desta terça-feira (24), com desvalorização de 1,30%

O dólar encerrou a terça-feira (24) em forte queda frente ao real, cotado a R$ 5,46, com desvalorização de 1,30%. O movimento foi influenciado por dois fatores principais: a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, que elevou a taxa Selic para 10,75% ao ano, e o anúncio de medidas de estímulo econômico pela China, que beneficiaram países exportadores de commodities, como o Brasil.
A ata do Copom reforçou o “compromisso firme” do BC em combater a inflação, sinalizando que novas altas de juros poderão ocorrer nos próximos meses. Juros mais altos no Brasil atraem investimentos estrangeiros, uma vez que tornam os ativos locais mais rentáveis. Ao mesmo tempo, o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, vem reduzindo as taxas de juros por lá, o que aumenta o diferencial entre os dois países e fortalece o real em relação ao dólar.
Além da ata do Copom, o anúncio de um pacote de estímulos econômicos por parte do Banco Central Chinês ajudou a impulsionar o real. As medidas incluem a redução da taxa de reservas obrigatórias dos bancos chineses e cortes nas taxas de hipoteca, em um esforço para reativar o consumo e o mercado imobiliário, setores fortemente impactados por uma crise no país asiático.
Essas ações aumentaram a demanda global por commodities, beneficiando moedas de países exportadores, como o Brasil. Com a valorização das commodities, o minério de ferro subiu 4,94% na Bolsa de Dalian, enquanto o petróleo avançou 1,7% no mercado internacional. Isso refletiu positivamente no Brasil, cuja economia é fortemente dependente da exportação de bens primários, e contribuiu para a queda do dólar.
No Brasil, a alta da Selic já começa a influenciar o mercado financeiro. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, fechou em alta de 1,22%, alcançando 132.156 pontos. O otimismo foi alimentado pela expectativa de que o Banco Central mantenha uma política monetária mais rígida para conter a inflação, o que deve continuar atraindo investidores ao país.
Por outro lado, a ata do Copom destacou preocupações com o cenário fiscal brasileiro. O documento mencionou o “esmorecimento no esforço de reformas estruturais e disciplina fiscal” por parte do governo federal. A manutenção da meta de gastos dentro do arcabouço fiscal também foi apontada como um desafio.
Apesar de um bloqueio de R$ 2,1 bilhões no orçamento de 2024 ter sido anunciado recentemente, analistas indicam que a meta de resultado primário pode estar comprometida devido ao aumento das despesas com seguridade social e à subestimação de receitas.
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