Militante do PT deixa partido após escândalo envolvendo repasses do fundo eleitoral em Alagoas
O partido de Lula repassou grande parte do valor ao escritório do filho de Ricardo Barbosa
O advogado e professor, que militou por anos no PT, Welton Roberto, deixou o partido após as polêmicas envolvendo os repasses do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) realizado pela direção estadual da legenda. O anúncio aconteceu na manhã desta quarta-feira (25) por meio das redes sociais.
Welton Roberto explica que sua saída do Partido dos Trabalhadores se deu por achar que algumas regras e práticas são inegociáveis.
“Me incomodou saber que o PT recebeu uma verba de R$2 milhões nessas eleições municipais e, praticamente metade desses valores foram parar no escritório de advocacia do filho do presidente estadual do partido e a outra metade foi parar no escritório de contabilidade também ligado aos dirigentes partidários”, disse Welton.
O agora ex-militante petista, disse ainda que 20 advogados que trabalharam na campanha de 2022 não receberam e foram esquecidos agora, nas eleições de 2024, quando o partido recebeu uma grande fatia do fundão eleitoral.
“Práticas que não concordo. Não estou aqui julgando se éticas ou antiéticas, morais ou não. Mas das quais não concordo. (...) Continuarei na advocacia e no magistério trabalhando por uma sociedade menos desigual”, disse.
No período pré-eleitoral, Welton Roberto ganhou o noticiário político do estado ao ser cotado como possível vice-prefeito na chapa de Rafael Brito.
O 7Segundos entrou em contato com o presidente estadual do PT, Ricardo Barbosa, mas ainda não obtivemos resposta. Marcelo Nascimento, presidente do PT em Maceió, também foi procurado pelo 7Segundos, mas ainda não fez uma avaliação sobre as acusações de Roberto.