Justiça

Policiais acusados de sequestrar, tortura e matar Jonas Seixas são absolvidos

Pedreiro desapareceu após abordagem da Polícia Militar no ano de 2020

Por 7Segundos 14/11/2024 07h07 - Atualizado em 14/11/2024 08h08
Policiais acusados de sequestrar, tortura e matar Jonas Seixas são absolvidos
Jonas Seixas tinha 33 anos - Foto: Arquivo Pessoal

Os cinco policiais acusados de sequestrar, torturar, matar e ocultar o corpo do pedreiro Jonas Seixas, no ano de 2020, foram absolvidos durante o julgamento que teve início nessa quarta-feira (13). Jonas Seixas desapareceu há quatro anos na Grota do Cigano, no bairro do Jacintinho, em Maceió.

O júri, comandado pelo juiz Yulli Roter, aconteceu no Fórum do Barro Duro e durou até a madrugada desta quinta-feira (14). Fabiano Pituba, Felipe Nunes da Silva, Jardson Chaves Costa, João Victor Carminha Martins de Almeida e Tiago de Asevedo Lima se sentaram no banco dos réus.

De acordo com as investigações, Jonas Seixas teria sido levado pelos policiais militares durante uma abordagem no dia 9 de outubro de 2020. O corpo nunca foi encontrado.

No entanto, durante o julgamento, o Conselho de Sentença não reconheceu a materialidade do crime denunciado pelo Ministério Público (MPE) e os cinco foram absolvidos. O Ministério Público ainda não informou se vai recorrer da decisão.

Sobre o caso

Jonas Seixas, de 33 anos, foi abordado por policiais militares por volta das 15h45 do dia 9 de outubro de 2020, na Travessa São Domingos, localizada na Grota do Cigano, no bairro Jacintinho, em Maceió.

Segundo a família da vítima, os policiais entraram na casa sem mandado de prisão e encontraram apenas a esposa de Jonas, que estava chegando do trabalho.

O servente de pedreiro foi levado pelos militares a uma região da mata, por trás de um motel, no bairro de Jacarecica. De acordo com investigações da Polícia Civil, a vítima foi submetida à tortura, violências e ameaça no local, com a tentativa de obter alguma confissão de Jonas.

O inquérito policial concluiu que Seixas foi assassinado para que o crime de tortura não fosse descoberto e, por isso, ocultaram o cadáver. Até hoje não se sabe onde está o corpo da vítima.