Acusado de homicídio em 1997 é absolvido após vítima aparecer em audiência
Vítima tinha apenas viajado sem avisar à família

O juiz José Eduardo Nobre, da 8ª Vara Criminal da Capital, absolveu o réu de um suposto homicídio ocorrido em 1997, em Maceió. A decisão foi proferida na sexta-feira (26). A acusação era por homicídio consumado. O réu chegou a ser preso no início de agosto, mas em audiência de custódia foi libertado após informar que a vítima estava viva. Diligências em bancos de dados confirmaram a alegação.
Em audiência de instrução realizada neste mês de setembro, o homem apontado como vítima compareceu e contou que não foi agredido por ninguém, e estava, na verdade, em Pernambuco, morando na casa de uma irmã, trabalhando com corte de cana. Mas sua família em Maceió não estava ciente.
O irmão da vítima relatou à polícia ter sido informado que o homem havia sido assassinado pelo réu. Ele reconheceu, inclusive, como sendo o corpo do irmão, por fotos, um cadáver que havia entrado no IML como indigente.
Um laudo cadavérico foi realizado no corpo dessa outra pessoa, e usado pelo Ministério Público de Alagoas (MP/AL) para fundamentar a acusação.
A vítima afirmou em audiência que, na época, após retornar da viagem, compareceu a uma delegacia e o caso foi esclarecido.
Contudo, a informação nunca foi juntada ao processo judicial, que prosseguiu. Posteriormente, o réu não foi localizado para intimação, e a ação permaneceu suspensa até 2025.
O juiz José Eduardo Nobre decidiu pela absolvição sumária do réu, o que significa que o caso não precisa ser levado à júri, por falta de requisitos mínimos, com a concordância inclusive do MP/AL. “Verifica-se que não há prova da materialidade do crime de homicídio, uma vez que a suposta vítima encontra-se viva [...]. Resta, portanto, evidente que o laudo de exame cadavérico padece de erro GRAVE, ao ter atestado a morte de outra pessoa como se fosse a vítima”, diz a decisão.
Acusação
De acordo com a acusação levada à Justiça pelo MP/AL em março de 1998, o denunciado, acompanhado de um menor de idade, teria assassinado Marcelo Lopes da Silva na madrugada de 28 de julho de 1997, no Tabuleiro do Martins, em Maceió.
Segundo a denúncia, os agressores emboscaram a vítima na saída de uma danceteria e a atacaram pelas costas. A denúncia narra que o crime teria sido cometido com golpes de faca e instrumento contundente. O assassinato teria sido motivado por ciúmes, pois a vítima supostamente cobiçava a esposa do acusado.
Veja também
Últimas notícias

Arapiraca recebe carreta da saúde da mulher para oferta de exames gratuitos pelo SUS

ALE concede Título de Cidadã Honorária à primeira-dama de Maceió, Marina Cândia

Prefeita Tia Júlia realiza visita técnica às obras do Hospital Regional de Palmeira dos Índios
Marina Cândia recebe o título de Cidadã Honorária de Alagoas

Inova Penedo divulga programação completa da Semana de Inovação

Romaria de Frei Damião contará com missas, adorações e show católico da cantora Adriana Arydes
Vídeos e noticias mais lidas

Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto

Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável

Colégio Santa Cecília esclarece denúncia sobre telhado caindo na unidade em Arapiraca

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'
