‘The Washington Post’ compara Bolsonaro a Trump na véspera das eleições
Para jornal americano, candidato do PSL adota "política do medo" e usa "fatos alternativos" nas redes sociais a seu favor

Às vésperas das eleições, o jornal americano The Washington Post comparou mais uma vez, nesta sexta-feira, o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para a publicação, o brasileiro se assemelha ao americano por ser um “outsider de extrema direita com tom populista” na frente em uma corrida presidencial.
Segundo o Post, Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto com uma campanha de ataque à imprensa tradicional e criação de “fatos alternativos” na internet, além de apostar na “política do medo”.
De acordo com o jornal, sua popularidade se deve em parte ao crescimento de um movimento antiglobalização e que busca anular pautas relacionadas a raça e classe social.
“O Brasil há anos revelou sua imagem de sociedade pós-racial de esquerda. Agora, Jair Bolsonaro – um forasteiro de extrema direita que diz que ‘ama’ o presidente Trump – avançou na eleição presidencial de domingo, dividindo fortemente a maior nação da América Latina”, diz a matéria do Washington Post.
“Bolsonaro abraçou a política do medo”, diz o artigo. “Ele demoniza seus adversários à esquerda como corruptos, ineptos radicais e seus inimigos à direita como centristas fracos incapazes de representar a causa conservadora.”
O jornal ainda compara o uso das redes sociais pelo candidato do PSL à campanha de Donald Trump em 2016, com “legiões de seguidores leais”. “Seus comícios tornaram-se saídas para os homens brancos abalados pela mudança social e econômica”, diz, citando o movimento #Elenão que tomou conta das redes sociais e das ruas do Brasil no último fim de semana.
O Post, contudo, lembra que nem todos os eleitores de Bolsonaro concordam com a visão do candidato sobre mulheres, negros e homossexuais.
Segundo a publicação, suas promessas de acabar com a criminalidade e a corrupção e impedir o retorno do PT ao poder estão conquistando votos de “milhões de pessoas que o consideram a última e melhor chance” de restaurar a ordem no país.
O jornal também sugere que seu principal oponente nestas eleições, Fernando Haddad (PT), perde força por ser visto por muitos apenas como um substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Os investidores temem que ele [Haddad] não esteja disposto a aprovar reformas cruciais para o sistema previdenciário do país para evitar uma crise financeira”, afirma o Post, dizendo que muitos eleitores também acreditam que o petista possa adotar posturas radicais a pedido de Lula, caso seja eleito.
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