Prefeito de Maragogi desqualifica supostas irregularidades apontas pelo MCCE
Gestor rebateu os 14 itens apontados durante entrevista

Atualizado às 15h34
O prefeito Fernando Sérgio Lira Neto (PP) desqualificou nesta terça-feira (13) as 14 supostas irregularidades apontadas pelo Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE) contra a atual gestão da Prefeitura de Maragogi. O gestor ainda estranhou o fato do coordenador do movimento ser filiado ao Partido Republicano Trabalhista Brasileiro (PRTB).
Sérgio Lira concedeu entrevista à rádio Maragogi FM e rebateu os 14 pontos do documento do MCCE que supostamente são cometidos pela atual gestão. O gestor também ironizou o fato que Antônio Fernando da Silva, coordenador do movimento em Alagoas, ser filiado ao PRTB, sigla a qual o ex-prefeito de Maragogi, Marcos Madeira ser filiado e ter concorrido ao cargo de deputado estadual nas eleições 2018.
Em entrevista ao radialista Marcos Menino, o prefeito desqualificou a denúncia. “O documento não tem dado que classifique a entidade, não tem o CNPJ. Não é notificação oficial... É um papel sem substância, sem especidade”, declarou. O documento ao qual o gestor se refere é o protocolo nº 06111/2018. Lira frisou ainda que a prefeitura está a total disposição para responder todas as questões de interesse público.
O prefeito respondeu as 14 questões afirmando entre outras coisas que não falta merenda nas escolas, como também medicamentos nos postos de saúde e que a Prefeitura de Maragogi tem um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Federal (MPF) para o funcionamento pleno do Portal da Transparência, que segundo ele, estará em pleno funcionamento até o dia 12 de dezembro.
O coordenador do MCCE, Antônio Fernando da Silva, comentou os fatos. “Não tenho intimidade com Marcos Madeira, não o conheço. Eu como cidadão posso ser filiado a qualquer partido, não tenho intimidade com essa turma... Nós questionamos certos critérios de transparência, através da lei de acesso a informação... Se não houver uma resposta no dia 26, Ministério Público e justiça alagoana”, afirmou.
Confira os 14 itens apontados pelo MCCE:
1 - Cópias do contrato social da empresa Saneape com a prefeitura de Maragogi e cópia da licitação que deu sustentação legal ao contrato;
2 – Cópias dos documentos, que se havia recursos em caixa da gestão anterior para pagamento de funcionários e obrigações sociais da prefeitura de Maragogi, se não encontraram recursos, explicitem legalmente o que encontraram
3 - Cópia da documentação legal que justifique o corte da insalubridade dos agentes de saúde do município;
4 – Cópia da documentação legal que não justifique o funcionamento do portal da transparência;
5 - Cópia da documentação legal que justifique a falta de medicamentos nos postos de saúde do município;
6 - Cópia da documentação legal que justifique a falta de merenda escolar nas escolas municipais;
7 – Cópias de todos os contratos feitos entre a prefeitura e os postos de combustíveis desde o primeiro dia de gestão;
8- Cópias de toda a folha de pagamento dos funcionários comissionados e efetivos;
9 - Cópias da documentação legal que justifique a grande quantidade de alvarás para o transporte aquaviário;
10 - Cópias de todos os contratos de transporte feito pela gestão desde o primeiro dia de gestão com ônibus e afins e o motivo do preço tão elevado;
11- Cópia da documentação legal que justifique a cobrança de impostos tão altos aos pequenos empresários;
12 - Cópia da documentação legal que justifique a suposta falta de prestação de contas dos recursos arrecadados na feira livre da cidade e dos valores cobrados ao ônibus às praias do município;
13 - Cópia das documentações legais das reformas das escolas do município, como também as atas de adesão, caso houver;
14 – como a atual gestão explica os supostos atos de nepotismo com a devida fundamentação legal.
O MCCE enviou uma nota oficial sobre as declarações do prefeito. Confira na íntegra;
Nota pública MCCE/Alagoas
A Rede de entidades que fazem o MCCE em Alagoas,vem a público externar seu total repúdio as declarações do atual gestor da cidade de Maragogi, não fizemos denúncia nenhuma pois quem faz denúncia e o ministério público,só requeremos informações através da lei de acesso a informação, devido o número de reclamações oriundas daquela cidade,nada pessoal contra o gestor,falar que nosso coordenador geral e aliado do ex gestor Marcos madeira por serem do mesmo partido,e declaração de quem teme algo,tem algo a esconder,como cidadão todo cidadão pode se filiar aonde quiser,o MCCE e seus coordenadores não são aliados de ninguém,somos aliados na luta contra a corrupção,contra a improbidade, contra a falta de caráter de usar artifícios para encobrir seus possíveis erros,se fosse o caso toda a cidade que o MCCE atacasse a gestão seria para defender opositores do gestor??, cumprimos sempre com nosso dever institucional, e só pesquisar no Google que verão todas as nossas lutas,se até o dia 26 de novembro o requerimento não for respondido iremos representar ao MPE de Alagoas,e a justiça alagoana,combaterem os sempre o bom combate em defesa de nossa sociedade.
Maceió,13 de novembro de 2018
Antônio Fernando da Silva
( Fernando CPI)
Coordenador geral
MCCE/Alagoas
Veja também
Últimas notícias

Festa de casamento em área protegida desrespeita regras ambientais em Japaratinga

Penedo registra crescimento na abertura de novas empresas, aponta Juceal

Moradores se revoltam com sequestro de recém-nascida e bloqueiam BR-101, em Novo Lino

WhatsApp caiu? Usuários relatam problemas no aplicativo; entenda

Prefeitura de Maceió amplia combate ao descarte irregular de lixo com sete Ecopontos

Homem contesta paternidade de filho com garota de programa em Arapiraca
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
