Justiça

Desembargadora presa na Bahia teve R$ 100 mil em dinheiro e joias apreendidos pela PF

Cédulas de real, euro e dólar foram apreendidos, mas quadros de artistas baianos, ainda embalados, foram poupados

Por UOL 30/11/2019 13h01
Desembargadora presa na Bahia teve R$ 100 mil em dinheiro e joias apreendidos pela PF
Desembargadora, que foi presidente do Tribunal de Justiça da Bahia, foi presa na sexta (29) - Foto: reprodução

Agentes da PF (Polícia Federal) encontraram cerca de R$ 100 mil em espécie, além de joias e obras de arte no apartamento da desembargadora do TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia) Maria do Socorro Santiago.

Ex-presidente da corte estadual, a magistrada foi presa na sexta (29) durante a segunda fase da Operação Faroeste, que investiga um suposto esquema de venda de decisões judiciais.

A busca e apreensão feita pela Polícia Federal encontrou quase R$ 100 mil em espécie no guarda-roupas de Maria do Socorro. Eram R$ 56 mil, 9 mil euros (R$ 42 mil) e US$ 200 (R$ 847). Também foi apreendido um "grande estojo do tipo mostruário com adornos femininos, contendo colares, anéis, relógios, brincos".

Havia três relógios que estampavam a marca Rolex. E um colar de ouro tinha "aparente alto valor de mercado", segundo a Procuradoria.

Os "inúmeros quadros de artistas baianos e de outras regiões do Brasil" encontrados não foram apreendidos. Alguns ainda estavam embalados.

No gabinete da desembargadora, sete canhotos de cheques indicavam pagamentos aos artistas plásticos Tati Moreno e Sérgio Amorim. O gabinete de Maria do Socorro é decorado com obras de arte, como as de S. Amorim e Bei Borba.

A PF ainda apreendeu IPTU de imóveis em locais como Canela, Flamengo, "P. do Forte". Os investigadores não explicam se se trata da cidade gaúcha, do bairro carioca e da praia com condomínios de luxo no litoral norte da Bahia.

Segundo o MPF, o operador da magistrada é seu genro e advogado Márcio Duarte. Ontem, Og Fernandes ordenou a prisão preventiva dele, assim como do secretário do TJ da Bahia, Antônio Roque Nascimento, apontado como operador do tribunal, Gesivaldo Britto.

O ministro também converteu em preventiva a prisão temporária da esposa de Adailton Maturino, Geciane Maturino.