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Servidores do Passo de Camaragibe protestam por pagamento atrasado

Ato nesta quarta-feira reúne contratados, comissionados e aposentados

Por 7Segundos 21/10/2020 10h10 - Atualizado em 21/10/2020 14h02
Servidores do Passo de Camaragibe protestam por pagamento atrasado
Servidores do Passo de Camaragibe fazem protesto por pagamento - Foto: Cortesia

Servidores públicos da Prefeitura do Passo de Camaragibe, município localizado no litoral Norte de Alagoas, fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira (21). Os funcionários dizem que estão com os salários atrasados e bloquearam a ponte Fernandes Lima e a rodovia AL 435 ficou interditada. O 6º Batalhão da Polícia Militar (6º BPM) e o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) foram acionados para o protesto.

A manifestação reúne dezenas de servidores contratados, comissionados e aposentados pelo município da Rota Ecológica dos Milagres. O protesto, que acontece na entrada da cidade, e vai em direção à sede da prefeitura, no Centro, tem como objetivo cobrar do atual prefeito Ricardo Nogueira o pagamento atrasado.

De acordo com os manifestantes, o pagamento era para ser efetuado no último dia 10 de outubro. Ricardo Nogueira assumiu a gestão da cidade no último dia 30 de setembro. Vânia Câmara foi afastada do cargo por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Segundo Jerfson Tito de Lima, um dos organizadores da manifestação foi a partir da troca de gestão que houve o atraso, já que, o atual prefeito não conseguiu pagar os proventos dos funcionários contratados, comissionados e aposentados. Ainda de acordo com ele, antes de ser afastada pela justiça, Vânia Câmara ainda conseguiu realizar o pagamento dos efetivos.

Jerfson Tito afirma que o atual gestor não realizou o pagamento dos funcionários que não são efetivos. "Hoje já é dia 21 de outubro, já se passaram 11 dias depois da data prevista. O atual gestor colocou um carro de som nas ruas com uma vinheta culpando a gestora anterior por não ter realizado o pagamento dos funcionários. Mentira. Então essa população de funcionários contratados, comissionados e os aposentados, que dá uma somatória de quase duas mil pessoas estão sem receber. São quase duas mil famílias dependendo desses pagamentos”, afirmou.

"Eu mesmo, Jerfson Tito, sou um dos funcionários comissionados pela gestão anterior o qual assumi a pasta do Turismo desde 2018 e não recebi esse meu pagamento referente ao dia 10. Minha mãe que tem 74 anos, depende também da sua aposentadoria e também não recebeu. Então nós estamos cobrando e reivindicando os nossos direitos. A População não aguenta mais esperar", finalizou o servidor.

O 7Segundos entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura do Passo de Camaragibe e o órgão enviou uma nota às 14h22. A rodovia AL 435 foi liberada por volta das 10h40.

Confira a nota na íntegra:

O prefeito constitucional Ricardo Nogueira vem esclarecer a população de Passo de Camaragibe que os pagamentos referentes à gestão da ex-prefeita Edvânia Câmara, que teve o mandato cassado pelo fato de ter sido condenada pela justiça por atos de improbidade administrativa, por decisão da lavra do eminente Ministro Napoleão Nunes Maia do Superior Tribunal de Justiça; esses pagamentos deixados pela ex-prefeita ainda não foram efetuados devido à situação caótica e desordenada na qual se encontra a Prefeitura da cidade de Passo de Camaragibe. A assessoria jurídica da nova gestão informa ainda que vários contratos e documentos referentes a estes servidores não foram encontrados, ou seja, funcionários que não possuem documentação; esse fato prejudica as ações da nova gestão. É sabido de todos que a troca repentina de mandato interfere diretamente e acaba por limitar a nova gestão para o uso de suas atribuições devido as burocracias inerentes a situação. Ainda assim, garantimos o empenho do prefeito Ricardo Nogueira e equipe jurídica para garantir o pagamento destes servidores até a sexta-feira (23de outubro). Vale salientar que a nova gestão assumiu a administração do município há exatamente 21 dias e que neste período têm se deparado com dificuldades, dívidas deixadas e inúmeras pendências. O gestor entende a delicadeza do momento, devido ao acirrado clima político, mas pede a compreensão de todos, que acalmem os ânimos e que ajam com sobriedade e na paz.