Exame desmente PM que matou médico recém-formado no MA: 'foi com intenção'
Bruno Calaça estava a poucos dias da colação de grau como médico, quando foi morto

O tiro que tirou a vida do médico recém-formado Bruno Calaça, de 23 anos, poucos dias antes de sua colação de grau, em um boate de Imperatriz (MA), não foi um acidente causado pela reação do rapaz. Essa é a conclusão do exame de corpo de delito realizado no corpo do soldado Adonias Sadda, flagrado por câmeras de segurança indo até o rapaz e disparando à queima roupa, no último dia 26 de julho. O PM alegava que um chute da vítima em seu braço teria feito a arma disparar.
Um dia depois da morte do médico, o PM, que estava foragido, foi encontrado na casa do advogado e falou, em depoimento à Polícia Civil, que o tiro foi acidental e que o impacto do golpe teria forçado o dedo a apertar o gatilho - versão que não ficava clara pelas imagens gravadas em vídeo no local do crime.
O delegado que lidera as investigações, Praxíteles Martins, afirmou ao UOL que o resultado do exame apresentado hoje não indica que as lesões no policial foram provocadas no dia do assassinato. "O exame diz que a lesão corporal que há no antebraço não tem correspondência temporal com a data do fato, é um pouco mais antiga, e não tem relação com o chute porque o formato da lesão demonstra que o instrumento que o causou é incompatível com o relato", descreve o delegado.
Na madrugada do crime, Adonias estava acompanhado de outros dois homens, identificados como Waldex e Ricardo, investigados como mandantes do assassinato. Ambos seguem foragidos, enquanto o PM está preso temporariamente, em Imperatriz, aguardando o fim das investigações.
Para William Calaça, irmão de Bruno, o resultado do exame confirma o relato de algumas testemunhas, de que o caso se trata de um homicídio doloso. "Com toda a certeza. Está claro desde o início de que o policial já foi até ele com a intenção de matar", diz Willian.
Bruno Calaça estava a poucos dias da colação de grau como médico, quando foi morto. A polícia ainda investiga a motivação do crime, mas depoimentos apontam que, horas antes do assassinato, houve uma discussão dentro da boate entre Willian (irmão de Bruno) e Waldex, que estaria importunando uma amiga do grupo.
Após um momento de entendimento entre as partes, o suspeito teria chamado o PM Adonias e outro homem, chamado Ricardo, para confrontar os irmãos. As imagens de câmeras de segurança mostram que, ao se encontrarem, os homens discutem e, em questão de segundos, o PM atira contra o médico, que cai no chão e acaba morrendo.
Últimas notícias

"Missão cumprida, mas justiça pela metade", desabafa mãe de Roberta Dias após condenações

Seprev entrega 273 Carteiras de Identidade Nacional garantidas pela Casa de Direitos

Acidente entre motociclistas no Bosque das Arapiracas deixa vítimas com escoriações

Motociclista sofre fratura após colisão com carroça em Maceió

Idosa de 88 anos é socorrida após mal súbito em Arapiraca

Polícia prende suspeito de tráfico e apreende drogas e arma de fogo em Joaquim Gomes
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
