Eduardo Bolsonaro ofereceu ajuda para blogueiro investigado deixar o país
Mensagens entre o filho do presidente e Allan dos Santos, em junho do ano passado, foram interceptadas pela PF

Mensagens mostram que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, ofereceu ajuda para o blogueiro Allan dos Santos deixar país, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Allan, que se mudou para os Estados Unidos em julho do ano passado, é alvo de dois inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre um suposto esquema de divulgação de informações falsas, ataques a autoridades e organização de atos antidemocráticos.
Nas conversas entre Eduardo e Allan, interceptadas pela Polícia Federal, o deputado pediu os dados do passaporte de Allan e de sua família e perguntou o que ele precisava.
"Allan. Me passa o passaporte, seus filhos, seu, sua esposa. O que você precisa", diz o texto das mensagens, reproduzidos pela Folha.
"Ok. Passaporte: só eu tenho. E minha esposa: passaporte expirado. Trump está ligando para seu pai às 17h", respondeu o blogueiro, citando o então presidente dos EUA, Donald Trump.
Em outra data, Eduardo pede a Allan os dados do processo aberto na PF para a obtenção dos documentos, incluindo o número do protocolo e a data do agendamento para a obtenção do passaporte.
"Preciso do nº do protocolo desses atendimentos p passaporte. E para qnd está agendado a retirada do passaporte ou a ida para tirar a foto, enfim, uma ida à PF", questiona o parlamentar.
Allan anunciou que deixou o país em julho de 2020, em uma transmissão ao vivo na internet organizada pela deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) – que também é alvo de investigações no STF. Na época, ele não foi considerado foragido da Justiça porque não era alvo de mandados de prisão na data da viagem.
Nos meses que antecederam a viagem, Allan foi alvo de operações deflagradas pela Polícia Federal relativas às investigações.
Em uma delas, o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão no Brasil e no exterior de contas ligadas ao grupo investigado no inquérito das fake news. Segundo a decisão, a suspensão era necessária “para a interrupção dos discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”.
Procurada, a assessoria de imprensa do deputado Eduardo Bolsonaro não se manifestou sobre o caso.
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