Iphan constata que achados em Porto Calvo não são túneis do séc. 17
Órgão emitiu uma nota nesta quinta-feira

O Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) emitiu uma nota nesta quinta-feira (24) se pronunciando sobre o caso em Porto Calvo sobre uma suposta rede de túneis subterrâneos revelados recentemente. O órgão comunicou que fez uma vistoria e constatou que não se trata necessariamente de túneis.
Depois que o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) publicou portaria que instaura procedimento preparatório de inquérito civil sobre uma suposta rede de túneis cortando o subsolo do histórico município de Porto Calvo, começaram a circular imagens de um dos possíveis túneis do século 17.
O Iphan informou ainda que acompanha de perto o caso e esteve presente em alguns dos pontos onde supostamente existiria uma rede de túneis históricos. Por se tratar de configuração comum em cidades da Europa e outros localidades, inclusive no período em que o Brasil era uma colônia portuguesa, é possível que se trate de uma rede de túneis.
Mas o instituto destacou que a vistoria promovida pelo corpo técnico do Iphan constatou que não se trata necessariamente de túneis, mas também é possível que os achados constituam arcos de sustentação de antigas casas.
Confira a nota do Iphan na íntegra:
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada à Secretaria Especial da Cultura e ao Ministério do Turismo, vem a público informar sobre os achados arqueológicos descobertos em Porto Calvo (AL).
O Instituto acompanha de perto o caso e esteve presente em alguns dos pontos onde supostamente existiria uma rede de túneis históricos. Por se tratar de configuração comum em cidades da Europa e outros localidades, inclusive no período em que o Brasil era uma colônia portuguesa, é possível que se trate de uma rede de túneis. Cabe destacar que há tradição oral em Porto Calvo sobre a suposta rede. Todavia, a vistoria promovida pelo corpo técnico do Iphan constatou que não se trata necessariamente de túneis, mas também é possível que os achados constituam arcos de sustentação de antigas casas.
Para chegar a conclusões aprofundadas são necessárias pesquisas arqueológicas mais extensas nos sítios arqueológicos em questão. Tais pesquisas precisam considerar a complexidade urbana e topográfica da cidade, fatores que podem ser desafios para o andamento das análises arqueológicas.
Alagoas possui um rico acervo arqueológico, que contempla vestígios milenares de ocupação humana, registros da colonização do território, e os períodos mais recentes da sociedade brasileira, perpassando pelos diversos períodos históricos do país. O Iphan reconhece a importância desses bens como representantes dos grupos humanos responsáveis pela formação da identidade cultural da sociedade brasileira.
Veja também
Últimas notícias

De cidade-dormitório a refúgio pós-Braskem: Satuba lidera o êxodo diário de trabalhadores no Brasil

Justiça condena deputado por divulgar notícia falsa sobre violência

Veículo pega fogo na Avenida Durval de Góes Monteiro em Maceió

Rafael Brito impulsiona preparação de alunos da rede pública com aulões do Enem

Arapiraca realiza encontro e campeonato de bandas e fanfarras

SMTT inicia mudanças no trânsito do Centro de Arapiraca nesta segunda-feira (13)
Vídeos e noticias mais lidas

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca

Policiais militares são presos por extorsão na parte alta de Maceió
